sábado, 12 de dezembro de 2015

Grupos prometem ir às ruas em mais de cem cidades















Da Folha de S.Paulo
Movimentos que defendem o impeachment de Dilma Rousseff prometem ir às ruas neste domingo (13) em pelo menos 103 cidades brasileiras para pedir a saída da presidente Dilma Rousseff.
Atos contra a petista estão previstos para ocorrer em todas as capitais do país, segundo dados atualizados pelos grupos que organizam os protestos, o Vem pra Rua e o MBL (Movimento Brasil Livre).
Pela manhã, entre as capitais, há previsão de atos em Brasília (10h), Salvador (10h), Recife (10h), Belém (9h) e Macapá (10h), sempre no horário local.
No ato de Belém, os manifestantes pró-impeachment se encontraram com críticos à saída de Dilma que estavam em um carro de som, segundo informações da Globo News. A Polícia Militar precisou formar um cordão de isolamento para evitar o confronto entre os dois lados, que trocavam ataques verbais.
O ato na capital federal é em frente ao Congresso Nacional, como foram os demais. A partir das 10h, manifestantes já começavam a se concentrar na Esplanada dos Ministérios. No Rio, a manifestação sairá do posto 5, em Copabacana, e seguirá pela orla a partir das 13h.
O ato de São Paulo ocorrerá na avenida Paulista também às 13h. O Vem pra Rua se concentra na rua Pamplona, enquanto o MBL estará em frente ao Masp.
'ESQUENTA'
A retomada das ruas pelos movimentos sociais de oposição ao governo Dilma, sob a bandeira do impeachment, foi articulada às pressas para acontecer neste domingo.
As lideranças foram pegas de surpresa pela decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no último dia 2, de aceitar o pedido de impedimento contra a petista.
Do poder de mobilização das ruas o Planalto pretende tirar a temperatura para definir se trabalha para acelerar ou retardar o rito do pedido de impeachment.
O núcleo mais próximo da presidente avalia contar com votos suficientes para arquivar o pedido de afastamento e quer um desfecho do processo antes de março, na expectativa de que as festas de fim de ano e as férias de verão esvaziem os movimentos de rua.
Caso os grupos anti-Dilma consigam levar para as ruas um número de manifestantes semelhante ao dos protestos do início do ano, quando milhares de pessoas participaram, a estratégia do governo muda, e o Planalto trabalhará para agilizar a tramitação do impeachment sob pena de as mobilizações crescerem ainda mais.
A oposição e o presidente da Câmara, porém, trabalham com o diagnóstico de que em março haverá uma deterioração do quadro econômico, o que impulsionaria nova onda de protestos.

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