Rebeca Silva
A catadora de latinhas Rúbia Ferreira Valeriano, 31, recebe R$ 700 por mês do programa Bolsa Família. É com esse dinheiro que sustenta os nove filhos, com idades entre 3 e 15 anos. Nos últimos dias ela andava assustada. Corria o boato na comunidade de Santo Amaro, onde mora, que ela seria cortada do benefício. Mas ela ouviu, hoje, da boca do ministro do desenvolvimento social e Agrário, Osmar Terra, que o programa continuará e que a partir do próximo mês haverá um aumento nos valores recebidos.
Rúbia foi a única moradora da Rua Espinhara que recebeu a visita de Terra. O ministro chegou hoje ao Recife e também esteve na Policlínica Lessa de Andrade, na Madalena, para acompanhar o atendimento das crianças com microcefalia, e no Compaz, no Alto Santa Terezinha.
"Eu quis ver de perto o andamento dos programas que têm junção com o Governo Federal. Ouvir a população e os gestores", disse o ministro para acrescentar que nenhum corte está sendo feito. "Ao contrário, vamos procurar aperfeiçoa-lo (o Bolsa Família)", destacou Terra que estava acompanhado do governador Paulo Câmara (PSB) e do prefeito Geraldo Julio (PSB).
Apesar do reajuste, que não teve percentual definido, Terra afirmou que haverá um cruzamento de dados do Cadastro Único do programa. A ação pode tirar da lista de beneficiários pessoas que já saíram da extrema pobreza e já não atendem mais aos requisitos do Bolsa Família. "Existem cem itens que podem ser trabalhados. Temos que acompanhar os ganhos, possibilitar que quem já não precisa mais, saia do programa e que, caso volte a precisar, possa voltar automaticamente".
Segundo Terra, também está sendo discutida a possibilidade de os beneficiários do Bolsa Família que têm filhos com necessidades especiais receberem mais de um salário mínimo e que tenham prioridade nos programas habitacionais. O ministro também falou em medidas a médio e longo prazo, com atenção ao desenvolvimento humano e foco na estimulação precoce das crianças.
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