G1 São Paulo
Os integrantes do Movimento Sem-Terra (MST) que ocupavam a fazenda Esmeralda em Duartina, no interior de São Paulo, deixaram a fazenda neste domingo (15), após a Justiça determinar areintegração de posse da área ocupadadesde segunda-feira (9). Segundo informações da assessoria de imprensa do grupo, a fazenda é ligada ao presidente em exercício Michel Temer (PMDB).
O G1 entrou em contato a assessoria do presidente em exercício que informou, por meio de nota, que Michel Temer não tem propriedades rurais e não é dono da fazenda em Duartina.
Segundo o capitão da Polícia Militar, Juliano Xavier, responsável pela base de Duartina, os integrantes do MST saíram da fazenda de forma pacífica. O pedido de reintegração seria executado na segunda-feira (16). A assessoria de imprensa do MST informou que as mil famílias que ocupavam a fazenda retornaram para suas regiões de origem depois de um acordo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Segundo a polícia, a fazenda foi vistoriada após a desocupação e foram verificados danos como pichações e furtos. Maquinários, cercas e veículos foram danificados. Alguns objetos, maquinários, como motoserras, foram furtados, inclusive uma arma de fogo, devidamente registrada, foi furtada, informou a polícia.
Cabeças de gado também foram mortas. O prejuízo ainda será contabilizado, segundo a polícia. O caso foi registrado na Polícia Civil como reintegração de posse, danos ao patrimônio e furto.
Segundo o MST, o objetivo da ocupação é "denunciar as conspirações golpistas de Temer, muitas vezes articuladas de dentro da propriedade".
Segundo o MST, o objetivo da ocupação é "denunciar as conspirações golpistas de Temer, muitas vezes articuladas de dentro da propriedade".
A propriedade pertence à Argeplan, empresa de Arquitetura e Engenharia com sede em São Paulo, e a um dos sócios, João Batista Lima Filho. Em nota, a empresa disse que as terras foram adquiridas de forma regular em 1986. A nota ressalta ainda que a fazenda é produtiva.
Reforma agrária
A fazenda tem cerca de 1,5 mil hectares e fica entre os municípios de Duartina, Fernão, Gália e Lucianópolis. Ainda de acordo com o MST, os manifestantes denunciam também o cultivo de eucalipto na propriedade e as condições de trabalho que seriam análogas à escravidão.
A fazenda tem cerca de 1,5 mil hectares e fica entre os municípios de Duartina, Fernão, Gália e Lucianópolis. Ainda de acordo com o MST, os manifestantes denunciam também o cultivo de eucalipto na propriedade e as condições de trabalho que seriam análogas à escravidão.
Segundo o MST, com a ação, o grupo também quer colocar em pauta a reforma agrária em todo país. O Incra informou que inexiste o processo administrativo de desapropriação ou fiscalização cadastral tendo como objeto imóvel denominado Fazenda Esmeralda, localizado no município de Duartina.
O MPT de Bauru não confirmou a denúncia de trabalho escravo. Eles informaram que não foi feita fiscalização em Duartina em fazenda com plantação de eucalipto. Também não consta nada com o nome de Fazenda Esmeralda ou da empresa Argeplan.
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