quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Cúpula do PSDB não apoia "pauta eleitoreira" de Temer


O PSDB decidiu acompanhar com lupa todas as medidas adotadas agora pelo presidente interino, Michel Temer. O partido acredita que esse será o melhor termômetro para mensurar, na prática, as intenções do peemedebista de se colocar como candidato à Presidência em 2018. Integrantes da cúpula do tucanato falaram sobre o assunto na terça-feira (2), em almoço no gabinete do senador Tasso Jereissatti (PSDB-CE).
A conversa ocorreu no esteio das revelações de que aliados de Temer já projetam um cenário em que ele, conquistando bons índices de aprovação popular, dispute a eleição em 2018.
O interino desautorizou publicamente essas especulações, mas os tucanos elegeram outro termômetro como principal fonte para medir o apetite político de Temer: sua agenda no Legislativo.
Segundo um integrante da cúpula do partido, se o interino "começar a jogar para frente" projetos estruturantes e complexos, como a reforma da Previdência, haverá aí um forte sinal de que ele sucumbiu a uma pauta eleitoreira.
Durante o almoço desta terça, senadores do PSDB chegaram a dizer que o partido "deu a Presidência a Temer", e agora ele precisa "dar um governo ao Brasil". Se não for assim, diz um integrante da cúpula do partido, o PSDB estará "fora".
Ciente das desconfianças que as especulações sobre uma possível disputa à reeleição causaram no ninho tucano, Temer propôs um encontro com os principais nomes do partido, um jantar, na própria terça. A agenda de votações do Congresso, entretanto, fez com que a conversa fosse adiada. Ela deverá acontecer na próxima semana. (Folha de S.Paulo - Daniela Lima)

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