sábado, 13 de janeiro de 2018

Uma briga sem fim


Por Magno Martins
Um dia após o jurídico do MDB Nacional conseguiu derrubar a liminar na Justiça de Pernambuco que impedia a dissolução do diretório da sigla no Estado, favorável ao grupo do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), o presidente Raul Henry declarou que levará até as últimas consequências a disputa pelo comando da sigla no Estado. Segundo ele, independentemente da janela eleitoral, que permite a troca de partidos até abril, lutará pelo comando da legenda. A aposta do grupo do gestor é judicializar a disputa até as últimas instâncias do Poder Judiciário.
A decisão do juiz de direito José Alberto de Barros Freitas Filho, comemorada pelo grupo de Fernando Bezerra Coelho (PMDB), representa uma vitória para o grupo do senador na disputa jurídica contra o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) e o vice-governador Raul Henry (PMDB) pelo comando da agremiação no Estado. A novela para tomar o PMDB de Jarbas já vem se arrastando há mais de três meses.
Bezerra Coelho se filiou ao PMDB, a convite do senador Romero Jucá (PMDB), com o intuito de levar a sigla para a oposição do governador Paulo Câmara (PSB). Correndo contra o tempo, a executiva nacional do PMDB passou a apreciar um pedido de dissolução feito por um aliado de FBC em Petrolina. Em reação, Henry resolveu judicializar o processo, que é dado como favas contadas para o senador.
Na prática, a disposição de Henry acaba atrapalhando os planos do seu adversário político que, com a indefinição sobre o destino da legenda, terá de construir um projeto de oposição ao governador Paulo Câmara (PSB) mais restrito. Isso porque FBC precisa da garantia do controle do partido para atrair novos quadros para a legenda e fazer valer a promessa que fez ao comando peemedebista de fazer a agremiação crescer em Pernambuco.
“Só temos plano A, não temos plano B. Vou ficar no partido até depois de março, independentemente do prazo eleitoral. Ficaremos todos. Nossa disposição é lutar. Ir até as últimas consequências. Temos uma história de decência, coerência e dignidade. Somos um partido aberto que abriu as portas, inclusive, para este traidor. Acreditamos na Justiça. Não vamos permitir que um traidor oportunista roube a nossa história”, afirmou Raul Henry, referindo-se ao senador com o qual digladia ao lado de Jarbas.
"Essa decisão respeita a determinação da Executiva Nacional do partido", comentou o senador Fernando Bezerra Coelho, que está organizando um evento do bloco de oposição em Petrolina no próximo dia 27, no qual o senador deve reunir as principais lideranças que tentam construir a unidade para impedir a reeleição do governador Paulo Câmara.

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