Coluna Fogo Cruzado
Coube ao deputado Sílvio Costa chamar o deputado Jarbas Vasconcelos para o confronto
Se o comando da campanha de Armando Monteiro tivesse ouvido os conselhos do deputado Álvaro Porto, talvez a disputa pelas duas vagas de senador em Pernambuco estivesse em outro patamar. Em discurso na Assembleia Legislativa há cerca de dois meses, o representante do PTB dizia ser necessário mostrar na TV o que o senador Humberto Costa dizia do deputado Jarbas Vasconcelos, e vice-versa, para golpear os dois. O senador chamava Jarbas de “golpista”, por ter votado a favor do impeachment de Dilma Rousseff, ao passo que o deputado chamava o petista de “perdedor de eleições”, em alusão aos insucessos eleitorais que coleciona nas eleições que disputou. Como o mundo dá muitas voltas, e a p
olítica mais ainda, Humberto e Jarbas hoje são aliados e ameaçando conquistar as duas vagas do Senado pela Frente Popular. Assustado com essa possibilidade, o também candidato Mendonça Filho, que foi vice-governador de Jarbas, ensaiou leves ataques ao ex-aliado, mas sem colocar as suas digitais. Diz que Jarbas pertence ao partido de Temer, que votou a favor do impeachment, e que chamou o bolsa família de “o maior programa de compra de votos do mundo”. Tudo verdade. Mas talvez seja tarde demais para afastá-lo do pódio. Mais expansivo e mais brigão, coube ao “outsider” Sílvio Costa chamar Jarbas para o confronto desferindo-lhe ataques no campo pessoal: “mau caráter”, “oportunista”, e por aí vai. A Jarbas, certamente, essa briga não interessa, pois ela só favoreceria ao deputado, que também está no jogo pela disputa de uma cadeira no Senado.
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