Coluna Fogo Cruzado
A votação da reforma previdenciária revelou ao Brasil um novo líder sobre o qual ainda iremos falar muito nos próximos anos e talvez décadas. Trata-se do deputado Rodrigo Maia, presidente da Câmara Federal. Foi ele quem se empenhou, pessoalmente, pela aprovação dessa reforma após mais de cinco meses de negociações com os líderes dos partidos representados na Casa. Teve mais protagonismo na aprovação da matéria que o próprio presidente Jair Bolsonaro, que enviou o projeto à Câmara e disse que já tinha feito a sua parte. E que a bola a partir de então estava com os parlamentares. Rodrigo Maia enfrentou incompreensões de toda ordem nos partidos do governo e da oposição, mas em nenhum momento perdeu a serenidade. Sempre acreditou que era possível a aprovação da matéria, preservando a sua essência, e convenceu a maioria dos colegas de que é chegada a hora de reformar o estado brasileiro não apenas com essa reforma, mas também com a reforma tributária que é a próxima batalha a ser enfrentada. Maia agigantou-se de tal forma que não é exagero compará-lo em dimensão política ao ex-deputado Ulysses Guimarães, que presidiu a um só tempo a Câmara, a Constituinte de 1988 e o PMDB. Quem saiu menor foram o PT, o PSB, o PDT, o PCdoB e o PSOL, que apostaram no discurso demagógico, irresponsável e populista de que a reforma é contra o povo e deixaram a Câmara envergonhados pelo ínfimo número de votos que conseguiram arregimentar: apenas 131 em 510. Uma surra histórica!
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