Maia convocou nova sessão para às 9h desta sexta, mas a expectativa é que a análise da reforma só seja retomada por volta das 11h
Folha de S.Paulo - Thais Arbex, Thiago Resende , Danielle Brant e Ranier Bragon
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), encerrou a sessão na madrugada desta sexta-feira (12) sem concluir a análise em primeiro turno da reforma da Previdência. A tendência é que essa etapa seja encerrada na tarde desta sexta.
Líderes dos principais partidos da Câmara estão divididos sobre a votação em segundo turno. Uma parte quer terminar com a análise da reforma até a próxima semana, entrando no recesso parlamentar com o assunto já liquidado.
Outra ala defende que a Casa apenas vote a proposta em segundo turno em agosto —após as férias de julho.
Após a sessão, Maia disse não ver problema em deixar a conclusão da votação para agosto.
Maia também trabalha com a possibilidade de estender a votação até sábado (13). “É arriscado. Tem que ver que tipo de mobilização se consegue a partir de sexta à noite”, disse.
Pouco antes de determinar o fim dos trabalhos, Maia deixou o comando da sessão algumas vezes para definir a estratégia com os líderes.
O presidente convocou nova sessão para às 9h desta sexta, mas a expectativa é que a análise da reforma só seja retomada por volta das 11h.
O primeiro destaque a ser analisado foi proposto pelo PDT e busca regras mais vantajosas para professores.
A proposta do partido reduz de 58 anos para 55 anos a idade mínima para professores que já estão na ativa. Para professoras, a idade mínima deve cair de 55 anos para 52 anos.
O temor da equipe econômica do governo é o de que após a apreciação da proposta do PDT --que tem apoio de grande parte dos parlamentares-- os deputados comecem a deixar a Casa.
Para evitar uma desidratação ainda maior da reforma, o governo precisa garantir 308 deputados favoráveis à proposta nas votações dos destaques. Ou seja, 60% da Câmara.
Ainda há emendas da oposição que podem desfigurar a reforma desejada pela equipe do ministro Paulo Guedes (Economia).
Os destaques que mais preocupam os auxiliares do presidente Jair Bolsonaro (PSL) são de autoria do PT. Juntos, eles podem ter impacto de cerca de R$ 500 bilhões na economia prevista pela reforma.
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