O presidente nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Carlos Lupi, anunciou, nessa segunda-feira (15), no Twitter, que a Executiva e o Conselho de Ética da legenda vão se reunir para discutir os casos de “infidelidade partidária” contra os oito dos 27 deputados da sigla que votaram a favor da reforma da Previdência. Partido que deu 11 votos pela aprovação da proposta, o PSB já abriu um processo disciplinar contra os filiados que pode levar de uma advertência até a expulsão dos socialistas.
Na publicação na rede social, Carlos Lupi voltou a subir o tom contra os dissidentes. “Imoralidade sem tamanho”, publicou. E comparou a votação da proposta ao processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Na avaliação do presidente do PDT, a posição dos pedetistas pró-reforma “é mais grave” do que a dos (ex-) parlamentares do partido que foram favoráveis ao impeachment de Dilma, a qual chamou de “golpe”, quando a sigla também fechou questão contra.
Antes da votação da proposta de mudanças no sistema previdenciário, Carlos Lupi ameaçou de expulsão aos que não seguissem a orientação da legenda de votar contra a reforma. Apesar disso, há quem já defenda publicamente punições mais brandas para que o partido não perca, por exemplo, o tempo de liderança na Câmara dos Deputados com uma eventual saída dos oito parlamentares. Esse número inclui uma potencial candidata à Prefeitura de São Paulo, a deputada de primeiro mandato Tabata Amaral (SP), de 25 anos. O nome dela foi ventilado pelo próprio Lupi para a disputa.
Além dela, Alex Santana (BA), Flávio Nogueira (PI), Gil Cutrim (MA), Jesus Sérgio (AC), Marlon Santos (RS), Silvia Cristina (RO) e Subtenente Gonzaga (MG), integrante da Frente Parlamentar da Segurança Pública, votaram a favor da reforma. Desses, um é reincidente: Subtenente Gonzaga. Ele votou a favor da queda de Dilma, mas foi apenas suspendido por 40 dias assim como outros quatro deputados. Apenas um foi expulso dos seis parlamentares pró-impeachment: o deputado Giovani Cherini (RS), hoje no PL.
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