Por Maria Ligia Barros, do portal NE10
Com uma pontuação de -43 no Ranking dos Políticos e figurando em 478º lugar da lista, o deputado federal João Campos (PSB-PE) usou as redes sociais, nesta terça-feira (23), para criticar a metodologia do site.
No portal, o parlamentar perdeu 50 pontos por ter votado contra o texto-base da reforma da Previdência, e mais 20 por ter sido favorável ao destaque e a emenda que reduzem a idade de aposentadoria para professores e policiais federais.
Para o deputado, a avaliação é feita sob “ponto de vista ideológico e por um conselho ligado aos donos do ranking, que têm uma visão de direita”.
O site Ranking dos Políticos justifica ter acrescentado e retirado 50 pontos dos deputados que votaram a favor e contra a proposta, respectivamente, por considerar a reforma da Previdência a “principal reforma necessária para o país”.
Na avaliação de João Campos, as reformas, tanto da previdência quanto a trabalhista, não contribuem para reduzir a desigualdade social.
“Elas terminam por acentuar as diferenças e reduzir direitos e conquistas que custaram anos de luta e reivindicação. Num ranking desse, eu me orgulho de não pontuar porque o meu lado é o lado do povo”, escreveu no Twitter.
O ranking defende que as medidas que reduzem a idade para aposentadoria das duas categorias criam privilégios. No site, o destaque que trata dos professores é classificado como “uma decisão ruim”, e a emenda dos policiais é criticada por “desidratar o valor economizado pela reforma”.
Ao blog, o deputado destacou sua pontuação positiva em outros critérios. “Quando se deixa o critério subjetivo de lado, pontuo tão bem quanto deputados que estão melhor colocados. Chego a somar mais pontos ou me igualar em critérios como “presença nas sessões”, “processos judiciais”, “filiação partidária” etc. Basicamente, os pontos que eles retiraram foram em cima de questões ideológicas. Por pensar diferente deles, fui penalizado”, disse em nota.
O parlamentar também questionou os resultados das somas feitas pelo Ranking. “Chamou a atenção um certo descuido no somatório geral da pontuação. Tenho pontos que não foram somados (como a pontuação pela “formação universitária”) e terminei vendo casos de deputados com pontos que não foram subtraídos (como ocorre com um parlamentar que mudou de sigla três vezes)”, acrescentou.
“Não abordei essas questões na minha publicação nas redes sociais porque esse ranking não me representa, mas percebe-se que há um descuido que altera posições no ranking”, finalizou.
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