Está
muito atrasada a entrega do milho da Conab para os produtores rurais do
Nordeste, principalmente Pernambuco, prometido pela presidente Dilma
Roussef para amenizar os efeitos da estiagem prolongada. Motivo: o
próprio Governo não liberou os valores referentes às diárias de
manutenção do pessoal que vai trabalhar na venda do milho subsidiado nos
postos da Conab.
Em
Pernambuco, a Conab tomou todas as providências e está com o esquema
montado para a operação em 11 postos de abastecimento e venda, mas o
Governo Federal, apesar de Dilma já ter assinado uma portaria
autorizando o preço do milho subsidiado, não liberou um tostão para
gastos de diárias.
Enquanto
o milho não chega, aumenta a angústia e a agonia dos produtores rurais
atingidos pela seca. Muitos criadores dizem que se a Conab demorar mais
ainda, com o agravamento da seca, especialmente nas áreas do Sertão e
Agreste nas quais as chuvas foram insuficientes, o gado vai começar a
morrer.
Regulamentada
em portarias interministeriais, a concessão de subvenção econômica aos
criadores de pequeno porte (operacionalizadas pelos Avisos Conab número
124, 129, 202 e 233), representa cerca de 400 mil toneladas do produto,
que já chegaram no Nordeste, apesar das dificuldades enfrentadas pelas
transportadoras contratadas para cumprir o fluxo estabelecido.
O
Governo, entretanto, não dá sinais de quando vai liberar os recursos
que a Conab desembolsa com servidores para abertura dos postos da venda
do milho subsidiado. Se a presidente Dilma não agir, o Governo pode ser
acusado, em ano eleitoral, de ser responsável pela dizimação do rebanho
bovino do Nordeste.
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