Se Arruda desistir, o senador Gim Argelo (PTB-DF), candidato à reeleição pela mesma coligação, poderá substituí-lo na disputa. Mas se Arruda quiser persistir, a tendência da coligação é apoiá-lo. Talvez os aliados não saibam que, segundo a legislação em vigor, se a decisão final confirmar a impugnação de Arruda, serão anulados não só os votos atribuídos a ele, como também a toda coligação.
O ministro Henrique Neves, relator do processo, foi quem primeiro votou e recomendou a rejeição ao recurso de Arruda contra a própria impugnação. A sessão de julgamento no TSE foi iniciada às 20h50.
O ministro Admar Gonzaga seguiu a posição do relator e também votou contra Arruda, mas o ministro Gilmar Mendes votou a favor. Em seguida, o ministro Luiz Fux se posicionou contra o registro da candidatura, assim como a ministra Laurita Vaz, que colocou o placar em 4 x 1 e sacramentou a decisão do TSE contrária à permanência do ex-governador no pleito de 5 de outubro. Com Noronha, o placar chegou a 5×1. Arruda poderá ainda recorrer ao Supremo Tribunal Federal, o que permite a continuação da campanha até a sentença final.
Joaé Roberto Arruda recorreu contra a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) que o considerou inelegível com base na Lei da Ficha Limpa. A Procuradoria-Geral Eleitoral sustentou que Arruda é ficha suja. Os ministros decidiram também que condenações posteriores ao pedido de registro terão peso na verificação de inelegebilidade.
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