O motorista Sebastião Ferreira da Silva, o Ferreirinha, em Guarulhos (SP), onde mora |
O ex-motorista do Banco do Brasil Sebastião Ferreira da Silva, 69, disse em depoimento ao Ministério Público Federal que fez diversos pagamentos em dinheiro vivo a mando do presidente da instituição, Aldemir Bendine. Ferreirinha, como é conhecido, disse que em certa ocasião Bendine, após subir de mãos vazias num prédio na região dos Jardins, em São Paulo, saiu com uma sacola repleta de maços de notas de R$ 100. Segundo ele, a sacola foi entregue depois ao empresário Marcos Fernandes Garms, amigo de Bendine.
A Folha telefonou para a casa do empresário e deixou recado na sexta-feira (29), mas ele não ligou de volta.
O depoimento do motorista, ao qual a Folha teve acesso, gerou a abertura de um procedimento de investigação contra Bendine, em junho, por suspeita de lavagem de dinheiro. É uma etapa preliminar do trabalho do Ministério Público, quando os procuradores buscam provas para embasar um eventual processo.
Nada garante que Bendine venha a ser denunciado por causa das declarações de Ferreirinha. Denúncia anônima com teor semelhante ao depoimento do motorista foi arquivada pelo Ministério Público Estadual de São Paulo e por 11 órgãos do governo federal, incluindo a Comissão de Ética Pública da Presidência.
O presidente do banco nega as acusações, classificadas por ele de absurdas'. Na quarta-feira, a Folha revelou que Bendine pagou multa de R$ 122 mil ao Fisco para se livrar de questionamentos sobre a evolução de seu patrimônio pessoal. Ele foi autuado por não comprovar a origem de aproximadamente R$ 280 mil informados em sua declaração anual de ajuste do Imposto de Renda. Folha de S.Paulo
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