Convidado desde domingo passado pelo vice-presidente Michel Temer para uma conversa reservada sobre o quadro nacional, o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB) saiu do Palácio Jaburu, depois de um encontro de 28 minutos, afirmando que Temer está consciente das dificuldades que terá pela frente, mas confiante. Sobre ministério, Jarbas disse que ouviu de Temer sua disposição de não errar, convocando quadros de altíssimo nível. "Temer está fixado em fazer o melhor para o País", afirmou. Abaixo a rápida entrevista de Jarbas ao blog.
O senhor esteve com o vice-presidente Michel Temer. Como foi a conversa?
A conversa foi boa. Encontrei uma pessoa apreensiva com tudo que está acontecendo no País por causa da falta de uma transição, de passar o governo de um para o outro, o que existe no mundo e no país inteiro, mas aqui não vai existir. Ele me falou dos problemas sociais e econômicos que passam o País e que enfrentar. De antemão, eu disse que estava lá para ajudá-lo, tenho experiência nisso. Afinal, são 46 anos de vida pública e ressaltei que não estava ali pretendendo cargo nem espaços. Ele ficou sensibilizado e a conversa foi positiva.
A iniciativa foi dele de convidar o senhor para conversar?
Domingo à tarde ele havia me ligado. Eu cheguei segunda à noite. A princípio, seria ontem à noite, mas acabou sendo hoje, no final da manhã.
O senhor sentiu que ele está firme, decidido a montar um ministério de altíssimo nível?
Achei que ele está firme, procurando acertar. O que me impressionou bastante foi a segurança que ele está e a determinação, a vontade de querer fazer as coisas boas e certas.
Ele está apreensivo com a situação do País?
Claro. Evidenciou isso, disse a mim da apreensão dele por mais de uma vez.
O senhor, com 46 anos de vida pública, também está apreensivo? Nunca viu o País numa situação tão degradante?
Nunca vi nada parecido. De um descalabro. O pessoal que está no Governo, sem escrúpulo, tomando conta do País. Isso se observa no Executivo, qui na Câmara dos Deputados e no Senado, É um quadro que tem que mudar e a gente tem que fazer força para que as mudanças, mesmo que não sejam na dimensão e volume que a população queira, venham a ocorrer.
O senhor acha que a presidente Dilma é capaz de renunciar?
Ela é capaz de tudo, inclusive desse ato sensato, que seria a renúncia, evitando todo esse desgaste, todo esse drama no final.
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