O cálice de vinho de Onyx Lorenzoni
Onyx Lorenzoni ficará feliz se melar o acordo entre União Europeia e Mercosul.
Daniel Marenco | Agência O Globo
O Globo - Por Ancelmo Gois
Como muitos imaginavam, com a repercussão internacional das queimadas, sugiram vozes na Europa — a começar pelo francês Macron — a favor de melar o acordo entre União Europeia e Mercosul, assinado em junho depois de mais de vinte anos de negociação. Se isso ocorrer, haverá festa não só na Casa Branca, já que os EUA têm uma agricultura pujante que concorre, em alguns mercados, com a nossa.
Também o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que tem feito duros ataques aos europeus, não ficará triste. Ele, cuja base eleitoral no Sul tem muitos produtores de vinho, resistiu ao acordo por temer a concorrência da bebida francesa ao nosso mercado.
Aliás, quando acusou a Europa de usar o desmatamento na Amazônia para criar barreiras econômicas ao Brasil, Lorenzoni lembrou que, só no vinho, os europeus gastam 1,4 bilhão de euros por ano em subsídios à produção do precioso líquido.
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