Durante a última sessão da comissão especial que analisa o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, no Senado, antes da divulgação do parecer do relator Antonio Anastasia (PSDB-MG), o senador Magno Malta (PR-ES) polemizou ao comparar o governo federal a um paciente terminal.
Antes de ouvir os convidados, os senadores debateram questões regimentais por quase uma hora. O presidente Raimundo Lira (PMDB-PB) reiterou já estar decidido que não haverá impedimento do relator, Antonio Anastasia (PSDB-MG).
Ele respondeu ainda a uma questão da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) que pedia a suspensão do processo até que o Congresso decidisse sobre as contas de 2015, que não foram analisadas ainda nem pelo Tribunal de Contas da União.
A questão foi rejeitada e o senador Magno Malta (PR-ES) comparou a ação da senadora a de alguém que tenta prolongar a vida de um “doente terminal”. “Ela quer dar uma injeção de morfina para ganhar mais meia hora, uma hora. Estamos na frente de um defunto prestes a desligar seus aparelhos”, disse.
“Não estamos tratando de um doente terminal, mas de um processo que pode tirar alguém eleita com 54 milhões de votos. Vamos substituir a vontade popular, o direito sagrado do povo de eleger para que essa votação e eleição siga acontecendo de forma indireta”, rebateu a senadora Vanessa.
Confira vídeo postado no YouTube por um dos defensores de Malta:
Diante da discussão, líder do PSDB na Casa, Cássio Cunha Lima (PB), que também se envolveu numa polêmica na última semana quando um gemido constrangedor interrompeu sua fala na Comissão, decidiu intervir e disse que o Brasil “é o paciente terminal e não aguenta mais” a atul situação.
VOTAÇÃO
O relator, Antonio Anastasia, apresentará seu parecer nesta quarta-feira. O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, terá nova oportunidade de se manifestar aos senadores no dia seguinte. Na sexta-feira, a comissão tomará sua decisão.
Com isso, será possível realizar a votação sobre a admissibilidade do processo pelo plenário do Senado no dia 11. Se a maioria dos senadores votar a favor da abertura do processo, Dilma será afastada por até 180 dias para que o Senado proceda o julgamento de mérito.
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