O Globo - Letícia Fernandes
O
senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Congresso, voltou a
defender nesta quinta-feira a agilidade nas investigações do Ministério
Público no âmbito da Lava-Jato. Um dos citados na lista de pedidos de inquéritos que o procurador Rodrigo Janot enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) esta
semana, Jucá afirmou que essa ameaça que ronda o mundo político não
fará o Congresso parar, o que seria um "desserviço ao Brasil".
—
À PGR cabe investigar, fazer lista, investigação, está no papel dela. A
nós cabe votar, mudar o Brasil, transformar a realidade. Paralisar o
Congresso hoje é prestar um desserviço ao Brasil e ao país, nós não
vamos parar. Nós vamos trabalhar, vamos cumprir a nossa tarefa e vamos
melhorar a vida dos brasileiros.
O
peemedebista disse ainda que as investigações ajudam a sanar "acusações
levianas" e o "massacre" de políticos em relação a fatos que, segundo
ele, muitas vezes não são verdadeiros. Jucá acredita que o avanço das
investigações vai "separar o joio do trigo":
—
É obrigação e atribuição do Ministério Público investigar quem ele acha
que deve investigar, a lista é a do Ministério Público. Quantas
investigações forem necessárias, nós apoiamos — afirmou:
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—
Se não houver investigação, o que fica é, em tese, a acusação leviana, é
o massacre na política e na imprensa de fatos que, a maioria deles, não
são verdadeiros. O que vai separar o joio do trigo, a mentira da
verdade? A investigação. Nós apoiamos a investigação, colocamos recurso
no Orçamento, agimos de acordo com o que o Congresso tem que agir.
JANTAR COM TEMER
Jucá
negou que tenha se discutido, no jantar de ontem de senadores com o
presidente Michel Temer, críticas à reforma da Previdência. Ele afirmou
que o encontro serviu apenas para "unificar a bancada" e aumentar a
proximidade com o governo.
—
Não é verdade que foi discutido Previdência, que foram apresentadas
críticas. Nós marcamos uma reunião de trabalho para discutir temas do
governo, mas o jantar de ontem foi para fazer uma conversa, unificação
de bancada, dar proximidade nessa relação. O PMDB é o maior partido do
Senado, é o partido do presidente da República, então é muito importante
que estejamos próximos para contribuir cada vez mais com a mudança que o
Brasil precisa.
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