Diante das resistências para aprovar o pacote fiscal, a presidente Dilma Rousseff vai mexer no "núcleo duro" do governo e reforçar a articulação política com o Congresso. A estratégia prevê o fortalecimento da Secretaria-Geral da Presidência, que hoje cuida dos movimentos sociais, e a volta de Ricardo Berzoini, atual ministro das Comunicações, para fazer a "ponte" entre o Palácio do Planalto e o Congresso.
Interlocutores de Dilma disseram que ela está sendo cada vez mais pressionada pelo PMDB e mesmo pelo PT a substituir Aloizio Mercadante (PT) na Casa Civil. Apesar de ser o homem de confiança de Dilma, Mercadante coleciona atritos no Senado e na Câmara.
Em conversas reservadas, o nome que voltou a ser citado para a Casa Civil é o da ministra da Agricultura, Katia Abreu (PMDB). Dilma, porém, ainda não bateu o martelo sobre essa troca.
Preocupado com os desdobramentos da crise, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai desembarcar, hoje, em Brasília e, mais uma vez, aconselhará Dilma a convocar o titular da Defesa, Jaques Wagner (PT), para a Casa Civil.
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