Em meio à publicação de mensagens vazadas do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, sobre a Operação Lava Jato, manifestantes saíram neste domingo (30), em um ato em apoio ao ex-juiz na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. “Esse vazamento que foi chamado de Vaza Jato tem o objetivo de desacreditar o ministro Sergio Moro, o pacote anticrime e a Lava Jato”, acusou Marconi Ferraz, coordenador do Movimento Vem Pra Rua, um dos grupos que organizam a mobilização.
“Temos receio de que aconteça aqui no Brasil o que aconteceu na Operação Mãos Limpas, na Itália”, disse. “A classe política, vendo como todos estavam envolvidos, se uniu para minar as reformas e o combate à corrupção. Isso é grave e a gente tem que se juntar para evitar que a história se repita negativamente”.
Ferraz negou que o apoio se estenda ao presidente Jair Bolsonaro (PSL). “A última manifestação tinha um alinhamento de apoio direto ao presidente Jair Bolsonaro. Nós não apoiamos o presidente como pessoa, apoiamos as ideias, os projetos, como também apoiamos os projetos do ministro Sergio Moro, as 10 medidas do Ministério Público Federal e a reforma da Previdência de Paulo Guedes”, disse, referindo-se a um protesto realizado no dia 26 de maio.
Entre os cartazes, estava um de Wilson Gomes Freitas, que apresentou um balanço dos números da Lava Jato. “É para mostrar que o governo está no caminho certo, procurando justiça para quem roubou nosso dinheiro”, afirmou. “Quantas vezes for necessário, vou vir para a rua para defender o governo Bolsonaro e Sergio Moro. Pela primeira vez estou vendo as pessoas sendo punidas pelo que fizeram de errado, o que antes nunca aconteceu”.
Mais cedo, os governadores do Nordeste divulgaram uma carta reivindicando a investigação do conteúdo das mensagens, um possível afastamento de Moro e de procuradores da força-tarefa da Lava Jato e a revisão e eventual anulação de processos. “Enquanto eles puderem prejudicar o andamento do governo, vão fazer com mentiras e calúnias”, afirmou o manifestante.
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