A oposição ao governador Eduardo Campos (PSB) no Estado parece mesmo disposta a não brincar em serviço. Ontem, o XVI Congresso Estadual do PPS, realizado na Câmara dos Vereadores do Recife, das 8h às 14h, extrapolou os limites da definição de diretrizes partidárias e transformou-se num ato em prol da reedição da antiga aliança União por Pernambuco (PMDB, PPS, PSDB, DEM). Não à toa, compareceram os senadores, Marco Maciel (DEM), Sérgio Guerra (PSDB), o deputado federal, André de Paula (DEM), os estaduais, Augusto Coutinho (DEM) e Pedro Eurico (PSDB), além do presidente estadual do PMDB, Dorany Sampaio. Também não ficou de fora o presidente estadual do PMN, Sílvio Barbosa. O partido, que recentemente, saiu das mãos do deputado federal, Sílvio Costa - aliado do Campo das Princesas - agora tende a engrossar a trincheira oposicionista.
Comandando o evento, o presidente estadual do PPS, deputado federal, Raul Jungmann - reconduzido ao cargo na ocasião - convidou as lideranças aliancistas a compor a mesa e tomarem a palavra. Foi uníssono o coro inflamado em prol da retomada do poder nos níveis estadual e nacional, sob aplausos da militância de 82 municípos, formada por delegados, vereadores, vice-prefeitos e um prefeito, o de Bom Jardim, João Lira. Ao fazer a apresentação dos companheiros, Jungmann não hesitou em definir o grupo como “oposição que em 2010 será Governo do Estado de Pernambuco, tenho certeza e convicção”.
Dorany Sampaio frisou que a intenção do grupo de apresentar uma solução eleitoral para o Estado como meio de reestabelecer o respeito às leis, moralidade pública e administrativa. “Estamos sob a presidência de um cidadão que invade a autonomia dos poderes e acha que exaure a responsabilidade com os famintos e necessitados disponibilizando o Bolsa-Família e gastando fortunas com os bancos (...)As estatísticas de violência de Olinda, Recife e Jaboatão superam a da quase totalidade das cidades do País”, criticou o peemedebista referindo aos governos Lula e Eduardo Campos, respectivamente.
Augusto Coutinho ressaltou a estirpe política de Maciel e Guerra como exemplos da força da oposição, atacou ainda a promessa não cumprida do governador de construir três hospitais e solucionar o problema da Saúde. Até o contido Marco Maciel defendeu o fortalecimento dos partidos aliados como forma de proporcionar “a rotatividade e alternância no poder”. “É lógico que não podemos falar em nomes agora porque a legislação eleitoral não permite”, ponderou Maciel. JC,27/07/09.
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