O Supremo deve decidir na quarta-feira se aceita a denúncia do Ministério Público contra o Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, suspeito de receber irregularmente US$ 5 milhões. Confusão (jurídica) previsível: Cunha já disse que, mesmo tornado réu, não deixará a presidência da Casa. Sua alegação: e se for absolvido? Mas ser presidida por um réu será desconfortável para a Câmara, apesar de a Câmara ser o que é. Cunha também deve ser julgado pelo Conselho de Ética da Câmara, por quebra do decoro parlamentar.
Quando? Um dia desses. Há quatro meses ele manobra, com êxito, para adiar o julgamento.
Na mesma quarta, Cunha põe em votação um projeto que custará, se aprovado, algo como R$ 207 bilhões até 2022: o aumento da despesa mínima com saúde, de 15% da receita, para 19,4%. A proposta é do início do ano passado e estava adormecida.
Mas, como Cunha se irritou com o Governo, que interferiu pesado na eleição do líder da sua bancada e o derrotou, trouxe o projeto de volta. (Carlos Brickmann)
Mas, como Cunha se irritou com o Governo, que interferiu pesado na eleição do líder da sua bancada e o derrotou, trouxe o projeto de volta. (Carlos Brickmann)
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