Da Folha de S.Paulo - Marina Dias
A cúpula do PT quer expulsar o senador Delcídio do Amaral (MS) do partido e deve deliberar sobre o caso na reunião do Diretório Nacional da sigla, na sexta (26), no Rio.
Inicialmente, o caso de Delcídio, que está suspenso do PT, não estava na pauta do encontro, mas como o senador foi solto e retorna ao Senado, os dirigentes petistas avaliaram que seria melhor decidir logo.
Segundo artigo do estatuto do PT, o Diretório Nacional pode convocar a Comissão de Ética do partido para analisar as acusações contra o senador, que tem pelo menos dez dias para apresentar sua defesa. Em seguida, a comissão elabora um relatório recomendando à cúpula do PT expulsar ou não o parlamentar, ou a adoção de outras medidas disciplinares.
Outra opção é que o diretório decida não convocar a Comissão de Ética, devido à gravidade da acusação, e avaliar diretamente as medidas a serem tomadas. Mesmo nesse caso, Delcídio tem um prazo para se defender.
A avaliação do comando petista é de que o senador agiu "em benefício próprio" e que, por isso, não pode ser defendido pela legenda.
Quando Delcídio foi preso, o presidente do PT, Rui Falcão, divulgou nota para dizer que o partido "não se julga obrigado a qualquer gesto de solidariedade" ao senador e que as acusações contra ele "não têm relação com sua atividade partidária".
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