Por Magno Martins
Tão logo antecipei, há uma semana, que o ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro Neto (Desenvolvimento), poderia abrigar a deputada Priscila Krause no PTB, notícia que corre solta em Brasília, entre o salão verde da Câmara e os gabinetes dos deputados pernambucanos, alguns duvidaram pelo fato da legenda estar na base do Governo Dilma.
Como o DEM se reveste de uma postura hostil ao Governo, mesmo não atuando em Brasília Priscila não daria uma guinada tão grande. Mas o fato novo que apurei, ontem, tem muito mais lógica: a democrata, que insiste em ser candidata, mesmo a contragosto do seu partido, tende a se filiar a um partido pequeno, não vinculado ao Planalto. Fala-se no PMN ou outro penduricalho.
Para agregar tempo na televisão, entretanto, ela ganharia o apoio oficial do PTB na sua nova legenda numa coligação. Mas o PTB já tem um pré-candidato, no caso o deputado estadual Sílvio Costa Filho. Armando o rifaria? Não. O ministro é adepto da tese de múltiplas candidaturas para provocar o segundo turno no enfrentamento ao prefeito Geraldo Júlio. Neste caso, Silvio Filho sairia candidato pelo PTdoB.
Seu pai, o deputado federal Silvio Costa, vice-líder do Governo Dilma na Câmara dos Deputados, já está filiado ao PTdoB, com o controle absoluto da legenda no Estado, o que facilitaria a transferência de Silvinho, como é conhecido o seu filho, da legenda trabalhista para o PTdoB.
Este pelo menos é o cenário que está se desenhando numa articulação bastante discreta e silenciosa. Ao lerem este comentário, os protagonistas certamente desmentirão, sob a justificativa de que não existem conversações nesse sentido e o chamado “arrumadinho” para abrigar Priscila seria uma “viagem na maionese” do blogueiro.
Mas que há lógica neste jogo, não há menor dúvida. Como não existem mais dúvidas de que o DEM negará legenda a Priscila. Trata-se de um partido entranhado nas duas gestões socialistas, no Estado e na Prefeitura do Recife. E, por ser conservador, não costuma ousar, fazer aventura ou entrar em bola dividida.
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