De O Globo - Vinicius Sassine e André de Souza
Em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), "sempre se mostrou extremamente agressivo" e que o deputado tem o hábito de "retaliações a todos aqueles que se colocam em seu caminho a contrariar seus interesses". Janot, num documento de 119 páginas, defendeu a rejeição dos pedidos feitos pela defesa de Cunha na denúncia em curso no STF.
Entre esses pedidos da defesa está a anulação dos depoimentos complementares do lobista Júlio Camargo, que afirmou que o deputado foi beneficiário de propina da Petrobras. Os métodos usados por Cunha, de "agressividade" e "retaliação", justificam a omissão inicial do lobista sobre a participação do deputado no esquema, segundo o procurador-geral.
O parecer de Janot foi assinado em 26 de janeiro e estava sob sigilo. O STF derrubou o segredo desse inquérito, em que Cunha já foi denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O presidente da Câmara é suspeito de receber propina de US$ 5 milhões a partir de contratos de navios-sonda da Petrobras.
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