sexta-feira, 1 de abril de 2016

Manifestação com dinheiro público

   Manifestação com dinheiro público 
A CUT e os movimentos sociais aparelhados pela máquina do Governo Federal colocaram muita gente nas ruas, ontem, em Brasília, para dar uma demonstração de que a presidente Dilma ainda está viva. Numa demonstração de uso acintoso da máquina, cerca de dois mil ônibus foram fretados para levar à Esplanada dos Ministérios manifestantes com cara de militância paga.
De Goiás e entorno de Brasília vieram o maior grupo. A concentração ocorreu ao lado da Arena Mané Garrincha, no Eixo Monumental, onde ficaram estacionados os ônibus da imensa frota certamente bancada com dinheiro da União. Eram tantos os ônibus que não couberam num local apenas, tendo sido usado mais três estacionamentos, entre eles o do Teatro Nacional.
Uma das coordenadoras da Frente Parlamentar em Defesa de Dilma, criada na última quarta-feira em Brasília, a deputada Luciana Santos, presidente nacional do PCdoB, negou que os manifestantes tenham ido ao ato em troca de alguma ajuda em dinheiro. “Quando a oposição faz manifestação não se diz isso. Quem está nas ruas não deseja o pior para o Brasil, que é o golpe”, disse.
A concentração começou cedo. Já por volta de 11 horas foram vistos o desembarque de milhares de pessoas vindos dos mais diversos cantos do País. Lindava Silva, encontrada no estacionamento do Mané Garrincha, contou que estava na manifestação por ter sido convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores de Unaí, norte de Minas, a 250 km de Brasília.
Segundo ela, três ônibus foram fretados para levar o pessoal de sua cidade para Brasília. Petistas da estrutura de poder usaram outros meios. Integrante da bancada do PT no Recife, o vereador Jurandir Liberal veio a Brasília de avião, foi visto e fotografo em um hotel da cidade com o seu grupo.
“Trouxe uma delegação de mais de 100 pessoas”, contou Liberal. Durante a passeata, manifestantes usaram cartazes com a mensagem contra o impeachment para formar a mensagem "Dilma fica" em frente ao Palácio do Planalto. Eles também exibiram um "Fora, Cunha", em alusão ao presidente da Câmara dos Deputados. Parte dos manifestantes também se concentrou em frente ao Banco Central, onde pediu o não pagamento da dívida pública e a realização de reforma agrária.
Por causa da manifestação, todos os retornos da Esplanada dos Ministérios foram fechados – a única exceção foi a passagem em frente à Alameda dos Estados, rua que reúne bandeiras das unidades da federação em frente ao Congresso Nacional. A Polícia Militar informou que diversos ônibus com manifestantes pró-PT chegaram ao Estádio Nacional Mané Garrincha desde a madrugada, carregando colchões e panelas.

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