terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Direto de Brasília

   Acompanho a retomada dos trabalhos do Congresso ao longo desta semana. Com o recesso de dezembro e janeiro, incluindo o período de Carnaval pelo meio, o noticiário da crise foi jogado na geladeira. Agora, tem tudo para explodir. E a semana já começou quente, com a tentativa do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, em dar uma rasteira nos que lideram o movimento pela sua cassação.
Regimentalista como poucos da Casa, descobriu uma nova manobra para retardar o andamento do seu processo de degola na Comissão de Ética. O Congresso inicia suas atividades colocando em discussão também o andamento do impeachment da presidente Dilma, que perdeu fôlego não apenas pelo recesso parlamentar, mas também pela leitura do Supremo Tribunal Federal, que tirou poderes da Câmara e reforçou que, neste processo, a palavra final cabe ao Senado.
Os olhos do País se voltam para Brasília, igualmente, para acompanhar os desdobramentos dos depoimentos do ex-presidente Lula, convocado para dar explicações em três inquéritos já instalados. Amanhã, ele e sua esposa, a ex-primeira dama Marise, depõem sobre o caso do tríplex do Guarujá, onde a família é acusada de ocultação do bem junto à Receita Federal.
Brasília também assiste esta semana ao start da maior troca de partidos dos últimos anos com a promulgação da chamada “janela da infidelidade”, provavelmente na próxima quinta-feira. Assinada pelo presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), a brecha na legislação eleitoral permite que deputados possam mudar de partido num prazo de 30 dias, para concorrer às eleições municipais.
Com isso, a previsão é que, de imediato, 80 deputados federais e uma penca de deputados estaduais troquem de legenda, além de 20 senadores. No caso destes, como se tratam de eleitos em pleitos majoritários, não se beneficiam com a medida, porque já têm o direito e a liberdade de mudar de lado a hora que julgar mais conveniente.

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