Ao fazer um balanço do ano de 2015, a vereadora Marília Arraes (PSB) não poupou críticas ao governo socialista, em especial à gestão do prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB). “Faço questão de dizer a verdade. E nunca, jamais me curvarei a esta trupe que falsamente se intitula representante de uma nova política”, disse Marília.
Segundo a vereadora, o ano passado não foi fácil e falta transparência do Poder Executivo. “Ficou muito claro que os detentores do poder, na Prefeitura do Recife, se colocam como fiéis representantes da vanguarda reacionária do nosso Estado, agindo com truculência, arrogância e falta de vontade política com os mais carentes, com um governo voltado para a elite”, afirmou.
Marília Arraes, embora ainda no PSB, é uma das que mais dispara contra a gestão do prefeito Geraldo Julio. Apesar de ser do mesmo partido do prefeito, Marília Arraes está rompida desde que não teve seu nome viabilizado para se candidatar à deputada federal em 2014, na pré-campanha.
A vereadora queria que o primo Eduardo Campos (PSB) lhe transferisse uma parte do chamado “espólio” eleitoral de Ana Arraes, sua tia, que foi a deputada mais votada em 2010. Ana Arraes não seria candidata à reeleição, pois assumiu uma vaga de ministra do TCU.
Logo depois de ter de desistir da candidatura, Marília Arraes surpreendeu o mundo político ao anunciar, em coletiva de imprensa, apoio a Dilma (PT), para presidente, Armando Monteiro Neto (PTB), para governador, e João Paulo (PT), para senador. Todos adversários no projeto político de Eduardo Campos.
Em entrevista concedida a uma rádio local na última semana, o líder do PT na Câmara do Recife, Osmar Ricardo, deu como certa a entrada de Marília no Partido dos Trabalhadores.
Em seu balanço, a vereadora afirmou que a máquina pública não trabalha por todos. “A máquina pública não mói para o lado de quem realmente precisa e, na cidade, maquiagens paliativas já se tornaram parte do cotidiano da classe média”, ressaltou.
A vereadora disse, ainda, estar sendo ignorada pela Prefeitura quando faz pedidos de informação. “Nosso mandato elaborou dez pedidos de informação à Prefeitura do Recife, da mais alta relevância, essenciais para o exercício da atividade parlamentar no que diz respeito à fiscalização. Somente dois foram respondidos de forma descaradamente incompleta e os demais solenemente ignorados”, concluiu.
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