Em novo acordo de delação na Lava Jato, o ex-diretor de Relações Institucionais do grupo Hypermarcas, Nelson Mello, afirmou em depoimento que pagou R$ 30 milhões a dois lobistas para efetuar repasses a senadores do PMDB, entre eles, Renan Calheiros, presidente do Senado; Romero Jucá, ex-ministro de Michel Temer; e Eduardo Braga, ex-líder do governo no Senado.
De acordo com reportagem de Ricardo Brandt e Julia Affonso, ele apontou Lucio Bolonha Funaro e Milton Lyra como os responsáveis por distribuir o dinheiro. Disse ainda que Funaro se dizia “muito próximo” do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha.
Segundo Mello, o objetivo do esquema era “proteger” o mercado que representava, porque o setor “tinha que ter uma proteção legal”.
O grupo do PMDB também é acusado pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado de receber R$ 70 milhões em propina.
Os parlamentares negam. Em nota, Renan reiterou nunca ter recebido "vantagens de quem quer que seja" e diz que "é de zero a chance de se encontrar recursos sem origem justificada do senador". (BR 247)
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