Os bens estavam no cofre-forte de uma agência do Banco do Brasil, em São Paulo, segundo a Operação Aletheia – que levou o ex-presidente para depor de forma coercitiva no dia 4 de março de 2016.
Na ocasião, a Polícia Federal achou moedas, espadas, adagas, canetas, condecorações e outros objetos de valor que estavam armazenados no cofre do BB desde 2011, sem custo, segundo informou o gerente da agência.
Lula afirma ter recebido o que ele classificou como "tralhas" de presente quando exerceu os dois mandatos (2003/2010). Segundo a Procuradoria da República, os objetos estavam em nome de Fábio Luis Lula da Silva, filho do ex-presidente, e da ex-primeira dama Marisa Leticia Lula da Silva - que morreu no dia 3 de fevereiro -, "conforme documentação que havia sido anteriormente apreendida por ocasião do cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência do ex-presidente".
Em ofício de 17 de fevereiro, a força-tarefa da Lava Jato afirmou a Moro que a Secretaria do Planalto apresentou relatório e discriminou quais objetos devem ser incorporados ao patrimônio da Presidência.
O documento solicita ainda "autorização para a tomada das providências necessárias para incorporação dos bens em testilha ao patrimônio da Presidência da República".
O pedido da Procuradoria destaca que os bens estão descritos no "item 61" de um documento da Secretaria de Administração da Presidência. "O Ministério Público Federal requer que seja autorizada a Secretaria de Administração da Presidência da República a adotar as providências necessárias à incorporação, ao patrimônio da Presidência da República, dos bens descritos no item 61 Relatório Final da Comissão Especial", solicitam os procuradores.
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