Blog do Camarotti
Com o desgaste político sofrido pelo presidente Michel Temer nos últimos meses, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), passou a ocupar o espaço de avalista das reformas – especialmente a da Previdência – e consequentemente, do próprio governo. Até então, Maia era visto como uma espécie de líder do governo Temer na Câmara.
O protagonismo de Maia cresceu na crise política causada pela delação da JBS. Lançado como nome para substituir o próprio Temer como solução para a crise, o presidente da Câmara acabou funcionando como uma espécie "garantia" do governo nessa reta final da votação da denúncia contra Temer por corrupção passiva.
Até mesmo no Palácio do Planalto há o reconhecimento que o capital político de Temer é limitado neste momento, mesmo com a vitória na semana passada. A avaliação interna é que o presidente terá que gastar novamente o seu capital para derrubar uma segunda denúncia e que isso limita o seu poder de articulação para outros temas.
Por isso mesmo, com Temer desgastado, Maia passou a ocupar o posto de principal articulador da reforma da Previdência. E nessa função, virou uma espécie de âncora do governo Temer.
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