terça-feira, 8 de agosto de 2017

Temer pede suspeição de Janot ao STF


Alegando atuação política
Defesa de Temer diz que ‘Janot tem ideia fixa de acusar presidente. Fachin pode decidir sozinho ou levar pedido de Temer ao plenário do STF.
Rede Globo

A defesa do presidente Michel Temer pediu ao Supremo Tribunal Federal a suspeição do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Temer alega atuação política e quer que Janot seja retirado das investigações.
O pedido faz parte da estratégia de defesa do Palácio do Planalto, que se prepara para enfrentar uma nova denúncia de Janot. No documento entregue ao ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, a defesa do presidente argumenta que “já se tornou público e notório que a atuação do procurador-geral da República, em casos envolvendo o presidente, vem extrapolando em muito os seus limites constitucionais e legais inerentes ao cargo que ocupa”.
A defesa afirma que Janot tem “ideia fixa” de acusar o presidente e “se deixou tomar por uma questão única, obstinada e, teimosamente, coloca todas as suas energias e capacidade a serviço de uma única causa: destituir o presidente da República”.
O pedido foi apresentado dentro do inquérito que apura se uma organização criminosa formada por deputados e ex-deputados do PMDB atuou para desviar recursos da Petrobras e outras estatais. Nesse inquérito, Janot pediu para Michel Temer ser incluído formalmente como investigado.
Fachin poderá decidir sozinho sobre o pedido de suspeição de Janot ou levar ao plenário do STF. Ele não tem prazo para decidir. O mandato de Janot à frente da PGR termina dia 17 de setembro próximo. A partir do dia 18, assume o cargo a sub-procuradora-geral indicada por Temer, Raquel Dodge.
A jornalista Andréia Sadi relatou em seu blog, no G1, que “um ministro de Temer disse que o governo não tem esperança de que Janot seja afastado, mas o pedido ao STF pode servir para marcar posição e expor o procurador-geral”. Ainda nas palavras desse interlocutor do presidente, a ideia é reforçar o discurso de que Janot persegue Temer.
Rodrigo Janot não quis comentar a atitude da defesa do presidente Temer. Nesta terça-feira (8), ele foi homenageado pelo plenário do Conselho Nacional do Ministério Público. Vários conselheiros elogiaram o procurador-geral - disseram que ele fez um trabalho de excelência no comando do conselho.
“Vossa excelência e sua passagem neste conselho no Ministério Público Federal é um fato óbvio do salto do nível de excelência do desempenho tanto desta casa como do MPF”, disse Fábio da Nóbrega, conselheiro CNMP.


O evento marcou a última sessão com a participação de conselheiros com mandatos que terminam esta semana

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