"Isso tudo é porque eles não têm candidato forte ao Planalto", diz ex-ministro Gilberto Carvalho.
Gilberto Carvalho
O Estado de S. Paulo - Vera Rosa
A cúpula do PT avalia que as articulações patrocinadas pelo Palácio do Planalto são para barrar, em 2018, a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já condenado em uma ação da Lava Jato. O PMDB tem pesquisas mostrando que o voto de protesto é uma tendência nas próximas eleições, podendo levar à escolha de um “bravateiro”, de um “justiceiro” ou de um “outsider” na política ao Planalto.
“Agora querem trazer de volta o parlamentarismo. Isso tudo é porque eles não têm candidato forte ao Planalto e temem o Lula”, disse o ex-ministro Gilberto Carvalho, hoje chefe de gabinete da senadora Gleisi Hoffmann (PR) na presidência do PT.
“Eu sou defensor do parlamentarismo, mas falar nisso agora cheira a casuísmo, assim como esse distritão, sob medida para salvar a atual classe política”, emendou o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que faz oposição ao presidente Michel Temer.
O plano do governo é estimular a fusão da PEC de Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) com o projeto do ex-deputado Eduardo Jorge – à época no PT –, que está na Câmara desde 1995, pronto para ser votado.
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