De Marisa Gibson, na sua coluna DIARIO POLÍTICO deste domingo:
Foi bem estudada e redigida com muita cautela a reação do PMDB de Pernambuco contra a suspensão de Jarbas Vasconcelos do partido pela executiva nacional, por ter o deputado federal votado a favor da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB). A suspensão afetou outros cinco peemedebistas, mas em relação a Jarbas a punição é simbólica em todos os sentidos.
O PMDB já fez muitas tentativas de tirar o partido no Estado das mãos de Jarbas mas ficou só na ameaça. Logo, a punição satisfaz à pressão do centrão, não deixa o deputado impune, mas em dois meses as coisas se ajeitam, ficando apenas um alerta. E, por muitos motivos, a nota de repúdio da executiva estadual do partido, na defesa de Jarbas, não foi contundente.
Depois de ressaltar a trajetória do peemedebista pernambucano, salienta que ele votou “em sintonia com a sua consciência, com a sua história e com o sentimento da maioria da sociedade brasileira,” lembrando que o “PMDB sempre cultivou uma cultura democrática de convivência com suas divergências internas e que essa é a principal razão da sua força.”
A nota não poderia ir além disso, até porque, neste sábado, o ministro Moreira Franco, um legítimo representante do PMDB de Temer, estará no Recife, ao lado do vice-governador Raul Henry, presidente do PMDB de Pernambuco e secretário estadual de Desenvolvimento Econômico. O assunto é Suape. E por essa e outras, os atritos de Jarbas com o PMDB nacional não podem respingar na figura institucional de Raul, uma situação que deixa Jarbas, cérebro do PMDB pernambucano, refém dele mesmo.
Bem, o ex-prefeito de Petrolina, Julio Lóssio, foi o primeiro peemedebista a manifestar solidariedade a Jarbas, antes mesmo da nota da executiva estadual. Lóssio salientou que mesmo sem ser liderado por Jarbas não podia deixar de protestar contra o que foi feito com o maior líder da política pernambucana.
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