Para Temer, que tem baixa popularidade e sustenta seu governo no apoio que encontra no Congresso, País já está fazendo “pré-exercício” deste sistema de governo.
O Estado de S.Paulo - André Ítalo Rocha e Eduardo Laguna
O presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira, 8, que tem simpatia pelo parlamentarismo e o Brasil, hoje adepto do presidencialismo, pode caminhar para adotar em breve esse sistema. “Se pudesse ser em 2018, seria ótimo, mas quem sabe se prepara para 2022”, afirmou o presidente ao comentar o assunto durante um evento do setor automotivo em São Paulo.
Para o presidente, que tem baixa popularidade e sustenta seu governo no apoio que encontra no Congresso, o País já está fazendo um “pré-exercício” de parlamentarismo.
O presidente Michel Temer Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO
“De alguma maneira, estamos fazendo quase um pré-exercício do parlamentarismo. Em várias oportunidades, o Legislativo era tido como um apêndice do Executivo. No meu governo, não. O Legislativo é parceiro do Executivo. Temos trabalhado juntos”, disse.
“De alguma maneira, estamos fazendo quase um pré-exercício do parlamentarismo. Em várias oportunidades, o Legislativo era tido como um apêndice do Executivo. No meu governo, não. O Legislativo é parceiro do Executivo. Temos trabalhado juntos”, disse.
Na opinião do presidente, o parlamentarismo brasileiro poderia adotar o modelo francês ou português, “em que o presidente da República, eleito, tem uma presença significativa no espectro governativo”, disse.
Jantar. A manifestação a favor da adoção do parlamentarismo ocorre dois dias depois de Temer ter discutido o assunto com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, que também é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Temer e Gilmar jantaram juntos no Palácio do Jaburu neste domingo, 6, em um encontro não registrado na agenda do presidente da República. Ambos adotam discursos semelhantes sobre o sistema de governo a ser adotado no País.
Consulta. O Brasil já realizou duas consultas à população sobre a possibilidade de adotar o parlamentarismo, condição necessária para uma eventual mudança na forma de governo. Nos referendos de 1963 e 1993, a maioria da população optou por manter o sistema presidencialista no País
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