A decisão do PSDB de integrar o "blocão" de 11 partidos liderado pelo PR teve como principal motivação ampliar a rede de apoio à candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, à Presidência, informa o repórter Nilson Klava, da GloboNews.
O "blocão" é formado por PR, PSDB, PSD, PRB, PTB, SD, PPS, PV, PROS, PSL e PRP com o objetivo de tirar do PP e do MDB o revezamento que faziam no comando da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional.
E os tucanos só entraram para o bloco depois de uma conversa entre Alckmin e o deputado federal Milton Monti (PR-SP), no início desta semana. Monti foi justamente o nome escolhido pelo partido para presidir a CMO.
"É um aceno. Todos os movimentos de reunião de siglas é obviamente pensando numa aliança para 2018", afirma o líder do PSDB na Câmara, Nilson Leitão (MT).
O tucanato quer conseguir o maior apoio possível a Alckmin para ter mais tempo de rádio e TV durante a campanha. Acreditam que os instrumentos serão essenciais numa campanha eleitoral curta, de 45 dias.
Rodrigo Maia
A aliança pegou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de surpresa, dificultando os planos dele - já em andamento - de fazer uma aliança com PR, PP e PRB.
Maia, inclusive, já cobrou a traição. Ele já tinha dado o aval para o acordo firmado entre PP e PMDB, que ficaria com o comando da CMO, e o PP, com a Comissão de Constituição e Jusitiça (CCJ). Maia vai lançar a pré-candidatura ao Planalto no início de março.
O líder do PRB, deputado Celso Russomanno (SP) disse ao blog neste sábado (24) que a participação da legenda no blocão teve como objetivo conseguir espaço maior na Comissão de Orçamento. "É muito difícil para os partidos pequenos ter espaço na comissão. Por parte do PRB não houve objetivo eleitoral e acho impróprio o partido que tenha feito isso para formação do blocão", disse o parlamentar.
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