A troca no comando da PF é nova demonstração de que Michel Temer agora aposta todas as suas fichas na segurança como força motriz do governo. Ao autorizar o novo ministro da área, Raul Jungmann, a demitir Fernando Segovia e nomear Rogério Galloro, o presidente matou três coelhos com uma só cajadada: livrou-se de um diretor-geral que levou crises ao Planalto; sinalizou que a pasta recém-criada não é um ministério de faz de conta e fez um gesto para pacificar a corporação.
A escolha de Galloro para a chefia da PF é uma tentativa do governo de dar sinalização clara à corporação de que não haverá interferência no órgão, e de que, sob Jungmann, ele ficará blindado.
Logo após a Folha noticiar a queda do agora ex-diretor-geral, delegados da PF trocaram mensagens isoladas em um grupo no Telegram. Quem falou sobre o assunto escreveu que “acabou a farra” e chamou Segovia de “o breve”. (Daniela Lima – Folha Painel)
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