domingo, 6 de agosto de 2017

Antônio diz que o candidato do PSB será Geraldo

Neste bate-papo com o blog, o advogado Antônio Campos, recentemente filiado ao Podemos, por onde disputará um mandato de deputado federal, admitiu que o prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), pode ser o candidato a governador das forças governistas no lugar de Paulo Câmara, que abriria mão do projeto da reeleição. “Não se admirem algumas forças do PSB tentarem colocar Paulo Câmara na vice de Alckmin, abrindo espaço para Geraldo Júlio ser candidato a governador. Geraldo é quem dá as cartas no PSB estadual. No cenário que vislumbro, é provável que PSB e PSDB estejam no mesmo palanque nacional em 2018, com reflexos naturais no Estado”, avalia. Eis a íntegra da conversa abaixo.
Como avalia as perspectivas do Podemos ?
O Podemos é o partido que mais cresce no Brasil. Só que ele precisa também crescer no Nordeste. Estamos propondo uma agenda temática do Podemos e de Álvaro Dias no Nordeste, atraindo também lideranças em vários estados nordestinos. Está sendo criada uma comissão para coordenar esses trabalhos.
Qual sua impressão da rejeição pelo Congresso da denúncia contra Temer?
Minha posição pessoal era pela admissibilidade da denúncia, mas trocar Temer por Rodrigo Maia só iria agravar a crise. O que o congresso votou foi o juízo de conveniência ou não do afastamento do presidente nesse momento e não se a denúncia está certa ou errada, inclusive Temer pode responder no futuro a ação. Acho que Temer termina o seu mandato.
Lula é candidato?
Acho que o presidente Lula é um personagem que, candidato ou não ante os seus problemas judiciais, é uma figura viva nas eleições de 2018. Acho que Lula deveria ter o direito de se candidatar em 2018 e o povo brasileiro decidir seu destino. Nos cenários que faço, coloco o ex-presidente Lula como candidato. Deixa o povo se expressar. Ele é o candidato mais fácil para se derrotar no segundo turno, que o diga a sua rejeição apontada em todas as pesquisas.
Álvaro Dias é candidato pra valer pelo Podemos?
Álvaro Dias vai surpreender e vai fazer o debate correto dos problemas e soluções para o Brasil. É um político experiente, aberto a mudança e a inovação. Vivemos um vazio de ideias e o debate precisa ser enriquecido. Numa eleição radicalizada entre o lulismo e o extremismo de Bolsonaro, Álvaro Dias será um novo caminho para abrirmos um novo ciclo, sepultando cicatrizes e ódios do passado, reacendendo a esperança em um país numa verdadeira depressão coletiva. O seu desafio é muito maior do que o de Macron, na França.
Violência em Pernambuco. O que fazer?
Chegamos a 3.000 homicídios neste ano. É preciso uma nova política de segurança que alie a repressão a outras atividades de prevenção. Não tem como falar de violência sem tratar e enfrentar de frente o assunto do uso crack e outras drogas. É preciso também debater a descriminalização de algumas drogas e a reestruturação do sistema carcerário brasileiro. O urbanismo é uma ferramenta importante na inibição do narcotráfico, que o diga Medellin.
Isso afeta a reeleição de Paulo Câmara?
Não se admirem algumas forças do PSB tentarem colocar Paulo Câmara na vice de Alckmin, abrindo espaço para Geraldo Júlio ser candidato a governador. Geraldo é quem dá as cartas no PSB estadual. No cenário que vislumbro, é provável que PSB e PSDB estejam no mesmo palanque nacional em 2018, com reflexos naturais no Estado.
Armando sai ao Governo?

A força que mais se identifica com a oposição ao Governo Paulo Câmara é a pré-candidatura de Armando Monteiro. Armando precisa também debater e se aproximar mais dos movimentos sociais e da sociedade civil. É o que falta para ele terminar de consolidar o seu projeto.
Três anos sem Eduardo e sem as causas do acidente claras. Como avalia?
Recentemente, ajuizamos uma medida judicial que desmonta as conclusões do laudo do Cenipa, que aponta falha humana dos pilotos como causa principal. O vazio deixado pela ausência de Eduardo precisa ser preenchido por novas lideranças com um projeto sólido e inovador para Pernambuco.
Reforma política sai?
Temos 60 dias para tentar viabilizar uma reforma política mínima para 2018. Parece que o distritão e o fundo público de financiamento são ideias que tem a maioria do congresso, sendo o possível agora.
E as candidaturas dos Arraes?
A ministra Ana Arraes deverá tomar uma decisão em março de 2018. Marilia vem tentando viabilizar uma candidatura pelo PT, mas ressalto que Marilia vem andando pelo Estado e estudando os seus problemas. Sou candidato a deputado federal, sem descartar outras possibilidades políticas. João Campos é candidato a deputado federal e já vem trilhando nesse rumo a um bom tempo. O que defendo é que o nosso destino político não precisa estar atrelado a de um grupo político liderado por técnicos que demonstraram pouca habilidade política. Mesmo em crise, a verdadeira política é a maior das artes.

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