Votação na Câmara contra Temer
Oposição vai obstruir votação e marca passeata no Salão Verde contra Temer. Se base aliada conseguir o quórum na sessão, partidos oposicionistas devem fazer uma nova reunião para definir estratégia
Relator Sérgio Zveiter (PMDB) e o oposicionista Alessandro Molon (Rede)
O Estado de S.Paulo - Isadora Peron
Partidos da oposição vão iniciar o dia nesta quarta-feira, 2, com uma "passeata" no Salão Verde da Câmara pedindo a saída do presidente Michel Temer. O grupo já definiu que não vai marcar presença na sessão prevista para começar às 9h da manhã destinada a votar a denúncia apresentada contra o peemedebista.
O PT, que conta com 57 deputados, ainda resiste em abraçar a estratégia de obstruir a votação defendida por outros partidos menores da oposição como o PSOL e a Rede. A legenda, no entanto, concordou em não marcar presença pela manhã para testar a força do governo e verificar o tamanho da base de Temer na Câmara.
O primeiro desafio dos que querem a permanência do peemedebista na Presidência será colocar 257 parlamentares em plenário para aprovar um requerimento para encurtar a discussão na Casa. Se eles conseguirem esse número, os partidos da oposição devem fazer uma nova reunião para definir a estratégia a ser seguida.
Há quem defenda que os deputados oposicionistas marquem presença somente após o governo conseguir colocar no plenário o quórum mínimo exigido para a votação, que é de 342 deputados.
Integrantes da base aliada admitem que, sem a ajuda da oposição, não conseguirá alcançar esse número, o que poderá inviabilizar a votação, fazendo com que a apreciação da denúncia seja adiada. O Palácio do Planalto, no entanto, tem pressa para derrubar a denúncia e poder retomar a agenda do governo.
Para que a Câmara autorize o Supremo Tribunal Federal (STF) a abrir uma investigação contra Temer, o que pode levar ao afastamento do peemedebista do cargo, é necessário o voto de de 342 dos 513 deputados.
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