O Globo
O juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, autorizou, na manhã de hoje, a transferência de Aldemir Bendine, ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, para um presídio. Bendine ficará no Complexo Médico Penal, localizado na Grande Curitiba. O pedido de transferência do ex-executivo tinha sido feito pela Polícia Federal (PF) também na manhã de hoje.
O delegado Igor de Paula argumentou que há espaço na penitenciária, mas na mesma carceragem estão custodiados vários presos da Lava-Jato que, por razões de segurança ou por serem delatores foram mantidos na sede da Polícia Federal, entre eles "um colaborador que contribuiu efetivamente para as investigações" sobre Bendine. O colaborador a que o delegado se refere é o empresário Marcelo Odebrecht, que fechou acordo de delação, mas só deverá cumprir prisão domiciliar a partir de dezembro próximo.
"Em que pese a unidade esteja com um número de custodiados razoável e dentro das limitações, trata-se de estrutura pequena e com espaço reduzido para a movimentação de presos. Por outro lado, a necessidade de manter a separação de presos na situação acima mencionada tem limitado demasiadamente as alternativas de adequação segura dos presos", afirmou o delegado na petição.
Bendine foi preso na 42ª Fase da Lava-Jato, batizada de operação "Cobra", na quinta-feira da semana passada. Ele é acusado pela força-tarefa da Lava-Jato de ter recebido R$ 3 milhões da Odebrecht. A empresa diz ter sido achacada por um intermediário do então presidente da Petrobras, o publicitário André Gustavo Vieira, que também está preso.
O irmão de André Gustavo, Antonio Carlos Vieira, é outro que foi preso na operação Cobra. No entanto, o delegado Igor de Paula afirma que André Gustavo e Antonio Carlos ainda estão sendo ouvidos para esclarecer o material apreendido na operação e, por isso, devem permanecer nas celas da PF por mais alguns dias até a conclusão dos trabalhos.
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