Por Mendonça Filho*
Em coluna publicada neste sábado, no jornal Folha de São Paulo, o ex (?) porta-voz de Lula, André Singer, fala de um “grito de alerta” do PT para os petistas e o governo. Segundo ele, depois do decepcionante congresso partidário, no início do mês, são necessárias “medidas urgentes de reorientação” para tirar o partido do “volume morto”.
O que o PT e seus defensores não são capazes de enxergar é que não basta pregar para convertidos (cada vez mais escassos, diga-se de passagem). Eles falam como se o país e o mundo girassem em torno do umbigo deles. Ou do umbigo de ex-presidente Lula, para ser mais específico. Esse “grito de alerta” não é para o PT ou para o Governo. Esse grito é para a sociedade, que já dá mostras de tê-lo escutado muito bem, em alto e bom som.
As últimas pesquisas de opinião demonstram isso claramente. Segundo o Datafolha, 65% da população reprova a gestão da presidente Dilma. Mais um recorde negativo desse governo, que perdeu o controle da inflação, não consegue fazer o país crescer e não para de oferecer escândalos de corrupção.
O mais recente é a lista de nomes que o chefe do “Clube das Empreiteiras”, Ricardo Pessoa, entregou em sua delação premiada na Operação Lava Jato. Até o ministro da Casa Civil, Aluísio Mercadante, aparece na relação de políticos que receberam “doações” vultosas. Aliás, o histórico recente da Casa Civil é triste: José Dirceu, Antônio Palocci, Dilma Rousseff, Erenice Guerra, Ideli Salvatti, Gleise Hoffmann e Mercadante. Todos, em maior ou menor grau, envolvidos em algum tipo de suspeita.
Felizmente, depois de tantos “gritos”, a sociedade brasileira acordou e não parece disposta a adormecer novamente. Ela quer mudanças que vão além de meras “medidas urgentes de orientação”. A sociedade está cansada de ouvir, agora ela quer ser ouvida!
*Deputado e líder do Democratas na Câmara
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