O governo decidiu intervir para contornar a nova crise entre PT e PMDB. A ordem no Palácio do Planalto é evitar que prospere bate-boca com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O ministro da Defesa, Jaques Wagner, chegou a telefonar para dirigentes petistas pedindo que eles evitem troca de ofensas.
Após dizer ao jornal O Estado de S. Paulo que "dificilmente o PMDB repetirá a aliança com o PT" em 2018 porque "esse modelo está esgotado", o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou ao ataque contra os petistas neste domingo. Irritado por ter sido hostilizado no 5º Congresso do PT, no sábado, ele usou a rede social Twitter para atacar o partido da presidente Dilma Rousseff.
"Talvez tivesse sido melhor que eles aprovassem no congresso o fim da aliança e não sei se num congresso do PMDB terão a mesma sorte", ameaçou, um dia após saber que foi chamado de "oportunista de ocasião" e "sabotador do governo" no encontro petista, em Salvador. "No momento, temos compromisso com o País e a estabilidade, mas isso não quer dizer que vamos nos submeter à humilhação do PT", reforçou Cunha.
O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), contemporizou a defesa feita por Cunha de rompimento da aliança: "O governo não vai criar crise onde não existe", resumiu. "2018 ainda está muito longe." Guimarães disse se dar muito bem com o vice-presidente Michel Temer, que comanda o PMDB e é articulador político do Planalto. "Não tem fuxico entre nós dois. Não tem estresse", garantiu o líder.
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