Da Folha de S.Paulo
Executivo da Camargo Corrêa diz que empresa repassou R$ 8,7 milhões em propina para campanha de Eduardo Campos
Documentos da mais recente etapa da Operação Lava Jato, que na sexta-feira (19) levou à prisão executivos das empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez, citam propina de R$ 8,7 milhões a uma campanha de Eduardo Campos (PSB-PE), ex-governador de Pernambuco e presidenciável em 2014, morto em acidente aéreo há um ano.
A informação consta de depoimento do executivo Dalton Avancini, da Camargo Corrêa, que virou delator do esquema de corrupção na Petrobras.
Segundo ele, o dinheiro saiu do caixa da Camargo Corrêa por meio de um "contrato fictício" para obras de terraplanagem na refinaria Abreu e Lima, uma das maiores obras da Petrobras, em Pernambuco.
Em nota divulgada em março, quando veio a público pela primeira vez uma declaração do doleiro Alberto Youssef sobre o pagamento de propina para Eduardo Campos, a família do governador divulgou nota em que rebateu "a tentativa de envolver uma pessoa que não está mais aqui para se defender".
A nota da família de Campos afirmou ainda que a refinaria foi construída "com contratos feitos pela diretoria da empresa [Petrobras], sem conexão alguma com o governo de Pernambuco".
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