G1, Brasília
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assumiu que disputará a reeleição e disse que oficializará a sua candidatura nesta quarta-feira (1º). Ele pediu votos publicamente a deputados do PMDB durante uma reunião da bancada peemedebista.
A eleição está marcada para esta uinta (2), mas, até então, Maia vinha conduzindo uma espécie de campanha informal atrás de votos apenas nos bastidores, sem se declarar candidato. Ele ainda não registrou a candidatura oficialmente por conta de questionamentos na Justiça de adversários dele.
Os deputados que concorrem ao pleito argumentam que a reeleição na mesma legislatura é vedada (a atual termina em fevereiro de 2019). Maia, porém, alega que foi eleito em julho do ano passado para um "mandato-tampão" a fim de completar o mandato do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que renunciou ao posto.
Assim como seu principal rival na disputa, Jovair Arantes (PTB-GO), Maia foi convidado para fazer um discurso aos peemedebistas, que se reuniram para definir quem irão apoiar.
Em sua breve fala, fez um balanço dos meses à frente da Câmara e afirmou que estava construindo uma candidatura na base do diálogo e concluiu: "Estou pedindo a cada um de vocês a reflexão, o voto".
Ao deixar a reunião com o PMDB, Maia foi questionado por jornalistas se a sua candidatura era, então, oficial. “Estou colocando o meu nome, a decisão oficial é amanhã [quarta]. Se eu vim para uma reunião da bancada do PMDB, eu tenho que colocar o meu interesse de pleitear a presidência da Câmara”, afirmou.
Ações judiciais
A candidatura de Maia já foi questionada cinco vezes no Supremo, que ainda não se pronunciou sobre o caso. Veja abaixo cada uma:
- Pedido do Solidariedade para barrar eventual reeleição de Maia;
- Ação movida pelo deputado André Figueiredo (PDT-CE) para impedir que Maia dispute a reeleição;
- Pedido do deputado Alfredo Kaefer (PSL-PR) para que Maia não conduza o processo eleitoral;
- Mandado de segurança movido pelos deputados Rogério Rosso (PSD-DF), Júlio Delgado (PSB-MG), Jovair Arantes (PTB-GO) e André Figueiredo (PDT-CE) para impedir Maia de disputar a reeleição.
- Mandado de segurança movido pelo líder do PROS na Câmara, Ronaldo Fonseca (DF), para impedir Maia de disputar reeleição.
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