O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou, ontem, que o pacote de concessões lançado pela presidente Dilma Rousseff e a equipe dela foi feito com "tamanho improviso" que frustrará novamente os brasileiros. "A coisa é feita com tamanho improviso que o conjunto de intenções certamente nos frustrará como ocorreu em 2012", disse Aécio, em discurso no plenário do Senado.
Segundo o senador tucano, o pacote prevê que, dos R$ 198,4 bilhões previstos para serem gastos, apenas R$ 60 bilhões serão empregados no atual mandato de Dilma – na verdade, o número preciso é de R$ 69,2 bilhões. Para ele, derrotado pela petista na eleição presidencial em outubro passado, o governo carece daquilo que é essencial para alavancar a economia, credibilidade e confiança.
Aécio disse que, para além das crises econômicas e moral, a crise de confiança impede que "os agentes econômicos venham a ser parceiros de um governo que não confia".
O ex-presidenciável do PSDB afirmou que o pacote também vai na direção oposta à pregação histórica do PT ao propor uma série de privatizações. Segundo ele, a atitude até agora do governo impediu que o país avançasse na área da infraestrutura.
O tucano qualificou a ferrovia bioceânica, com investimentos previstos de R$ 40 bilhões, como mais uma "vertigem, uma ilusão de um governo que perdeu o chão". Ele disse que, ao contrário do mundo cor de rosa pregado por Dilma nas eleições, quando teria assegurado a ampliação de direitos das pessoas, o horizonte é cinzento. "A montanha pariu o rato", concluiu Aécio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário