quarta-feira, 24 de outubro de 2012

"Julgamento do Mensalão será divisor de águas", diz Jarbas Vasconcelos


O julgamento do mensalão, um dos maiores casos de corrupção no Governo Federal dos últimos tempos, entra na reta final após dois meses de intensos debates no Supremo Tribunal Federal (STF). Nos embates na Corte, despontam-se condenações da alta cúpula do PT aos réus menores do processo. Entre os nomes já “fichados” estão o ex-ministro José Dirceu, o ex-presidente petista José Genoíno, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, entre outros. Para o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), uma das principais vozes da oposição no País, a atuação do STF abre precedente na história política recente brasileira.
Na opinião do peemedebista, a postura dos ministros do STF no julgamento do mensalão – de não se deixarem inibir pelo fato de o PT estar no poder há mais de uma década, indicando condenações aos seus integrantes – imputa aos agentes políticos o sinal de alerta para futuras práticas não republicanas, conforme vista na vasta literatura criminal no processo. Segundo o senador Jarbas Vasconcelos, a atuação do Supremo vai prevenir muita gente de fazer o tradicional “caixa 2″ escancaradamente.
“O Brasil vive um momento importante que é a mais alta corte enfrentando um processo que mexe com interesses de um partido que está no comando do país há mais de uma década. O STF analisa e pune os crimes cometidos, neste caso, por integrantes do PT. Hoje é o PT, mas poderia ser outro partido. Isso é um novo registro na nossa história. A bola da vez é o PT, não só pelos crimes, mas porque também está no poder, porém quem faz isso deve se estar preparado para fazer com todos”, sentencia o senador Jarbas Vasconcelos, em conversa com exclusiva o Blog da Folha.
O senador peemedebista observou que as condenações proferidas pelo STF nesses dois meses de julgamento acarretarão numa nova fase acerca dos crimes do colarinho branco, sobretudo no que cerne ao uso do foro privilegiado, direito reservado aos parlamentares com mandato. “Abriu-se uma nova perspectiva de combater os crimes do colarinho branco e punir os políticos. Antes o cidadão se utilizava do foro privilegiado, mas hoje quem quer mais usar? Eles procuravam porque chegava lá, ‘morfavam’ e não tinha julgamento. Agora quem usar esses subterfúgios vai ficar com a ‘pulga atrás da orelha’”, prevê.

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