segunda-feira, 30 de abril de 2018

Lula, Gleici, Odebrecht e Bernardo: nova denúnia

PGR apresenta ao Supremo nova denúncia contra Lula, Gleisi, Paulo Bernardo e Marcelo Odebrecht
Segundo a procuradora-geral Raquel Dodge, Odebrecht colocou à disposição do PT R$ 64 milhões em troca de decisões do governo que favorecessem a empresa.
Por G1, Brasília
A Procuradoria Geral da República (PGR) apresentou nesta segunda-feira (30), nova denúncia por corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva; a senadora Gleisi Hoffmann (PR), presidente nacional do PT; os ex-ministros Antônio Palocci e Paulo Bernardo; o empresário Marcelo Odebrecht; e Leones Dall'agnol, chefe de gabinete da senadora.
A denúncia foi encaminhada ao ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). O G1 e a TV Globo buscam contato com todos os denunciados.
A defesa de Marcelo Odebrecht disse que o empresário está à disposição da Justiça para ajudar "no que for necessário". Em nota, o PT disse que as acusações são "falsas" e "incongruentes" e que a denúncia carece de provas (veja a íntegra das notas ao final desta reportagem).
Segundo a PGR, a construtora Odebrecht prometeu em 2010 ao então presidente Lula – e colocou à disposição do PT – R$ 64 milhões em troca de decisões do governo que favorecessem a empresa.
Uma das contrapartidas, segundo a PGR, foi o aumento de um empréstimo concedido a Angola pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no valor de R$ 1 bilhão – posteriormente a empresa, contratada pelo país africano, captou parte dos valores. A autorização foi assinada por Paulo Bernardo, então ministro.
A PGR também diz que na campanha de 2014 ao governo do Paraná, Gleisi Hoffmann aceitou receber doação não declarada (caixa 2) da Odebrecht no valor de R$ 5 milhões – pelo menos R$ 3 milhões teriam efetivamente recebidos naquele ano.
Gleisi foi acusada de lavagem de dinheiro por declarar à Justiça Eleitoral uma despesa inexistente de R$ 1,8 milhão desse valor obtido.
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirma na denúncia que a acusação é baseada em depoimentos de delatores, documentos apreendidos por ordem judicial, como planilhas e mensagens, quebra de sigilos telefônicos e diligências policiais.
“Há, ainda, confissões extrajudiciais e comprovação de fraude na prestação de informações à Justiça Eleitoral. Ressalte-se que até o transportador das vantagens indevidas foi identificado”, diz um dos trechos do documento.
Na denúncia, a procuradora-geral pede:
·                   condenação do ex-presidente Lula, dos ex-ministros e do chefe de gabinete por corrupção passiva
·                   condenação de Gleisi por lavagem de dinheiro
·                   condenação de Marcelo Odebrecht, por corrupção ativa
·                   pagamento, por Lula, Bernardo e Palocci, de R$ 40 milhões e outros R$ 10 milhões a título de reparação de danos, material e moral coletivo
·                   pagamento, por Gleisi, Paulo Bernardo e pelo chefe de gabinete, de R$ 3 milhões como ressarcimento pelo dano causado ao erário.
O que dizem os citados
Leia a seguir a íntegra do que disseram as pessoas e o partido citados nesta reportagem:
PT
Mais uma vez a Procuradoria Geral da República atua de maneira irresponsável, formalizando denúncias sem provas a partir de delações negociadas com criminosos em troca de benefícios penais e financeiros.
Mais uma vez o Ministério Público tenta criminalizar ações de governo, , citando fatos sem o menor relacionamento, de forma a atingir o PT e seus dirigentes.
Além de falsas, as acusações são incongruentes, pois tentam ligar decisões de 2010 a uma campanha eleitoral da senadora Gleisi Hofmann em 2014.
A denúncia irresponsável da PGR vem no momento em que o ex-presidente Lula, mesmo preso ilegalmente, lidera todas as pesquisas para ser eleito o próximo presidente pela vontade do povo brasileiro.
Assessoria do PT
Marcelo Odebrecht
A defesa de Marcelo Odebrecht reafirma o seu compromisso contínuo no esclarecimento dos fatos já relatados em seu acordo de colaboração e permanece à disposição da Justiça para ajudar no que for necessário

Centrais farão ato no 1.º de Maio onde Lula está preso

CURITIBA
Jornal do Brasil
As maiores e principais centrais sindicais do País planejam para este 1.º de Maio, em Curitiba, ato Em Defesa dos Direitos e por Lula Livre. O ex-presidente cumpre pena de 12 anos e um mês de reclusão em uma sala especial no último andar da sede da Polícia Federal na capital paranaense desde a noite de 7 de abril.
Segundo o PT, será a primeira vez, desde a redemocratização, que as sete maiores centrais vão se unir para o 1.º de Maio. O partido divulgou em seu site que a defesa da liberdade do ex-presidente Lula unificou CUT, Força, CTB, NCST, UGT, CSB e Intersindical. A sigla sustenta que Lula é preso político.
O ex-presidente foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do triplex do Guarujá. Segundo a Operação Lava Jato, Lula recebeu propina de R$ 2,2 milhões da OAS na forma de ampliação e melhorias do imóvel situado no litoral paulista, que o petista afirma não ser seu.
Lula responde a mais seis processos criminais, quatro em Brasília e dois sob condução do juiz Sérgio Moro - um sobre o sítio de Atibaia, que o ex-presidente também afirma não ser seu, e o outro sobre suposta propina da empreiteira Odebrecht para aquisição de um apartamento vizinho ao imóvel onde reside em São Bernardo do Campo e de um terreno onde seria instalada a futura sede do Instituto Lula. Em todos os casos, o ex-presidente nega a prática de qualquer ato ilícito.
Segundo o PT, como tem ocorrido desde a instalação da Vigília Lula Livre na capital paranaense, a manifestação desta terça, 1, será a partir das 14h na Praça Santos Andrade (Praça da Democracia), no centro histórico de Curitiba, e terá um forte ingrediente cultural, com apresentação de artistas conhecidos por terem posicionamento em defesa da democracia, como Beth Carvalho, Ana Cañas, Maria Gadu, o rapper Renegado e muitos artistas locais

domingo, 29 de abril de 2018

Caciques tucanos: apoio a Aécio, silêncio à expulsão

Cúpula do PSDB mantém apoio a Aécio e evita falar em expulsão da sigla
Para Executiva Nacional, veredito sobre candidatura cabe ao senador, réu no STF, e ao diretório de MG
Angela Boldrini e Thaiza Pauluze – Folha de S.Paulo
Réu no Supremo Tribunal Federal, o senador Aécio Neves (MG) ainda conta com o apoio do PSDB, partido que presidiu até 2017.
Em enquete realizada pela Folha nesta semana, membros da Executiva do partido afirmaram não ver motivos para a expulsão do parlamentar e disseram que a decisão sobre uma eventual candidatura à reeleição cabe apenas a ele e ao diretório estadual mineiro.
A reportagem questionou os políticos sobre: 1) se o senador deveria ser expulso do partido; e 2) se Aécio, permanecendo na legenda, deveria desistir de sair candidato ou ser impedido de disputar o pleito pela cúpula tucana.
Em 11 de outubro de 2017, após contestação no meio político, o plenário do STF decide que medidas cautelares contra congressistas, para entrar em vigor, precisam de aval da Câmara ou do Senado se comprometerem o exercício do mandato. O Senado então ficou de votar as restrições impostas a Aécio Neves (PSDB) Sergio Lima/AFP
Dos 41 membros da Executiva Nacional contatados, 12 afirmaram que o senador não deve ser expulso da legenda ou impedido de se candidatar por ter virado réu. Na avaliação deles, o avanço do julgamento no STF não significa que Aécio seja culpado, e, portanto, deve-se esperar a decisão final da Corte.
Outros 23 não quiseram se posicionar sobre o assunto, mas a própria negativa embutia um aval ao senador. 
“A executiva nacional não discutiu em nenhuma reunião sobre essa possibilidade”, afirmou o ex-presidente do partido Teotônio Vilela Filho.
“Se os partidos forem expulsar todo mundo aqui [na Câmara] que é réu, não sobra muita gente”, afirmou o líder do PSDB na Casa, Nilson Leitão (MS), para quem é necessário dar a Aécio a chance de se defender na Justiça.
Apenas o prefeito de Manaus (AM), Arthur Virgílio Neto, disse que Aécio deveria sair do partido. “Se o PSDB tivesse uma comissão de ética que funcionasse e não fosse uma reunião de compadres, eu acho que deveria, sim. Na verdade, ele deveria tomar a atitude de sair, mas não sendo o caso, a comissão de ética tinha que tomar essa atitude.”
Integrante da Executiva, Aécio não fez parte da pesquisa. Cinco dos membros não foram localizados pela reportagem.
O senador virou réu pela primeira vez no Supremo no dia 17 de abril, por causa do episódio em que foi gravado pedindo R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, da JBS, em março de 2017. As acusações são de corrupção e obstrução de Justiça. 
Sobre a decisão da candidatura, dentre os que responderam à pesquisa, a opinião preponderante é que o veredito não cabe à direção nacional, mas ao diretório mineiro e ao próprio senador.
“Ele conhece o estado e as dificuldades e cabe somente a ele decidir. Depois, terá que se justificar com o diretório do PSDB em Minas Gerais”, afirmou o líder tucano no Senado e vice-presidente do partido, Paulo Bauer (SC).
Dos 36 entrevistados, só três membros afirmaram que Aécio não deve ser candidato: Virgílio, que defende a expulsão e, portanto, que o senador não seja candidato a nada, e os deputados Geraldo Resende (MS) e Mara Gabrilli (SP), ambos suplentes na cúpula partidária.
Nos bastidores, a decisão de não se posicionar é vista como estratégica. Membros do alto comando da legenda afirmaram que a tendência é que Aécio desista de qualquer candidatura, mas temem que uma pressão partidária nesse sentido possa ter o efeito contrário sobre o senador. 
Um tucano afirmou que a Executiva está “dando espaço” para que o congressista anuncie ele mesmo a desistência. 
É essa ala que avalia que os pré-candidatos do partido à Presidência e ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin e João Doria, se precipitaram ao afirmar que o correligionário mineiro não deveria concorrer, apesar de concordarem com a avaliação de que Aécio pode afetar candidaturas do partido tucano. 
“É claro que o ideal é que ele não seja candidato, é evidente”, afirmou Alckmin em entrevista à rádio Bandeirantes.
Apesar da possibilidade de as acusações contra o presidenciável de 2014 respingarem na campanha do ex-governador de São Paulo —que já vem enfrentando baixos índices de intenção de votos nas pesquisas do Datafolha—, correligionários avaliam que o principal problema estaria no palanque de Minas Gerais, onde o senador Antonio Anastasia deve concorrer ao governo do estado.
Após a declaração dos paulistas, Aécio reagiu, afirmando que a decisão será tomada pelos mineiros. Ele já afirmou que ainda não decidiu se concorrerá à eleição e, em caso afirmativo, a qual cargo. “É uma decisão coletiva que vamos tomar no momento certo em função do quadro eleitoral de Minas Gerais.”
Alckmin, que é o atual presidente do PSDB, e Doria não responderam à pesquisa da Folha. A executiva, que segundo listagem do site da sigla possui 42 membros, é formada por senadores, deputados federais, ex-presidentes do partido e lideranças de grupos como o Tucanafro, movimento negro tucano, e da juventude do partido.

Ruralista troca Alckmin por Bolsonaro

Ruralista troca Geraldo Alckmin por Jair Bolsonaro e diz que tempo de tucano passou. Para Frederico D'Ávila, da Sociedade Rural, ex-governador é comandante de Boeing, mas Brasil precisa de piloto de caça.
Foto: site: agencia14news                                                                              Foto: Brasil247
Folha de S. Paulo
Por Igor Gielow - 

O agronegócio está fechado com a pré-candidatura de Jair Bolsonaro porque o isolamento do deputado do PSL-RJ permite que ele assuma posições defendidas pelo setor, como o reforço da segurança no campo contra roubos e invasões.
A avaliação é de Frederico D’Ávila, 40, diretor da Sociedade Rural Brasileira que elabora o programa de governo de Bolsonaro da área.
D’Ávila é o mais graúdo aliado de Geraldo Alckmin, o presidenciável do PSDB, a migrar para a órbita de Bolsonaro até aqui. De 2011 a 2013, ele foi assessor especial do então governador paulista para agro, e até aqui era seu principal consultor junto ao setor. 
Então filiado ao PP, D’Ávila era uma das vozes aliadas de Alckmin a alertar sobre a atração que o deputado vinha exercendo junto a produtores rurais. Sem ser ouvido, abraçou a causa de Bolsonaro, filiando-se ao PSL para disputar uma vaga na Câmara.
Ele é irmão do coordenador de comunicação da pré-campanha do tucano, o cientista político Luiz Felipe D’Ávila.
Produtor de grãos, diz manter o respeito por Alckmin, mas considera que seu momento para tentar ser presidente passou. “O Geraldo é um piloto de 747, só que estamos sobre a Síria. O Bolsonaro é um piloto de F-16”, diz.
O que o levou a se aproximar de Bolsonaro, após tantos anos na órbita de Alckmin?
Eu continuo tendo o Geraldo como um grande amigo, um grande professor na atividade pública. Na campanha [presidencial do tucano] de 2006, da qual eu participei bastante, a gente percebia muito o apoio na rua. Agora eu não vejo isso. Por quê?
Porque quando você quer juntar demais e desagradar de menos, você acaba sem margem, bem engessado. Isso é bem claro no meu setor. O Bolsonaro, até por não ter esse leque de alianças, pode se posicionar da maneira que bem entender. Ele abraçou as bandeiras do setor. 
A imagem do Geraldo não sofre abalo nenhum em relação a caráter e retidão, mas não é o momento. Estamos com o país na UTI e querem tratar o paciente com homeopatia. Nós precisamos é de antibiótico. Não é para tomar a vida inteira, é por um período. 
O sr. fala muito no agro. Mas acha que Bolsonaro atende às demandas fora dele?
Atende. Esse presidencialismo de coalização não funciona. Você tem de dar ministério, cargo, secretaria em troca de apoio. Bolsonaro gosta do modelo americano, de 15 pastas. 
Virou uma cultura no Brasil tornar o militar um cidadão de segunda classe. Não conheço oficial-general que tenha sido mal formado. O Bolsonaro já disse que quer colocar militares nos ministérios por competência.
O sr. acha que, ganhando a eleição, Bolsonaro governa? Com o sistema existente?
Ele respondeu a essa pergunta num evento no banco BTG: “Se você quiser um governo que dá ministério em troca de voto, já peço para não votar em mim”. A plateia veio abaixo.
Agora, se você me perguntar como faz... Eu sou agricultor, aprendi a cultivar a terra de uma maneira. Chega uma pessoa falando que vai cultivar de outra forma, você fica olhando. Tem de haver outro meio, desse jeito não tem como continuar.
O sr. não vê no Alckmin a pessoa para essa ruptura.
Eu acho que tanto o Geraldo quanto o Bolsonaro seriam bons para o Brasil, só que um tem mais condições neste momento. O Geraldo é um piloto de [Boeing] 747 da [companhia aérea alemã] Lufthansa: não vai chacoalhar, vai jantar, atravessar o Atlântico bem tranquilo. Só que não estamos voando em céu de brigadeiro, estamos voando sobre a Síria. O Bolsonaro é um piloto de [caça] F-16. O Brasil precisa de um piloto de F-16.
O país foi arrebentado, precisa de uma depuração da máquina pública. Falo pelo meu setor inclusive. Veja a Operação Carne Fraca [que apura irregularidades em frigoríficos], tinha agente corrupto.
O sujeito faz concurso e sabe o quanto vai ganhar, não é para fazer rolo. Isso diz respeito ao Bolsonaro: se alguém chega para ele para falar de estrutura de campanha, de dinheiro, ele já pula fora.
Por outro lado, a campanha dele está embrionária em termos de estrutura.
É, mas também não é para ninguém fazer campanha agora.
Mas ele está em campanha há dois anos.
Mas isso que você está vendo é muito da parte dos entusiastas dele. E ele tem de estar no Parlamento terça, quarta e quinta.
Ele é um político profissional, não tem boa produtividade no Congresso. Saindo desse “momento Bolsomito” em aeroportos, ele passa pelo escrutínio de uma campanha?
Acho que sim. Os 28 anos de Parlamento dele lhe dão total estofo. Ele não se diz um não político. É um parlamentar de segmento que virou figura nacional.
E as polêmicas todas nas quais ele se envolveu?
Você não está acreditando na evolução do ser humano...
Não.
[Risos] Veja aquelas declarações polêmicas. Se você pegar um Fernando Gabeira, um José Serra na década de 70, eles não corroboram aquela linha nos dias de hoje. Chamar o Bolsonaro de misógino e racista? Isso não é verdade. Ele trabalha com mulheres e negros.
Mas ele é processado por isso no Supremo [disse que não estupraria a deputada petista Maria do Rosário porque ela “não merecia” em uma discussão].
Mas você vê aquela cena, é ela que estava defendendo um criminoso. Ele é um cara risonho, brincalhão, afetuoso. E o pavio dele está muito mais longo do que antigamente. O que irrita ele é que só falam dessas coisas antigas.
E o agro? Qual é o projeto que o sr. faz para ele?
Se você for olhar a pauta dos candidatos, exceto aqueles que são contra o modelo produtivo, as demandas são as mesmas. De diagnóstico estamos cheios, temos de fazer. Precisamos de logística.
Precisamos de segurança no campo, tanto contra roubo de insumos quanto jurídica, contra invasão e demarcações arbitrárias.
Por fim, estabilidade e previsibilidade na concessão de crédito. Falam que a gente quer dinheiro subsidiado. É que há uma distorção original, que é a taxa de juros do país não ser competitiva. Precisamos de uma equalização para poder competir. 
Vocês se falam sempre, o sr. já apresentou esses pontos?
Não falamos diariamente não. Sobre os pontos, já, e ele aprovou, por isso é apoiado. Ele disse que quem vai dar a diretriz da agricultura será o setor. O ministro não será indicado pelo partido tal. A primeira vez que temos um ministro que realmente vive da terra é agora, com o Blairo Maggi. 
O sr. quer ser ministro?
Se eu toparia? Se ele me convidar... As pessoas precisam entender que se a agricultura patina, a cadeia da economia cai toda. 
Voltando à política, haverá candidato do PSL em São Paulo?
Então, o pessoal pede para ele. Mas eu vou falar do que eu entendo, meu setor. Tenho dois irmãos, todos votam diferente, nunca briguei. Não briguei com o Geraldo por política.
Falando nisso, como ficou o almoço de domingo com se u irmão [integrante da campanha de Alckmin]?
É a ironia do destino, o que a gente pode fazer? Ele está no juízo dele, eu estou no meu.
Frederico D’Ávila
Nasceu em 2 de novembro de 1977, em São Paulo. Graduou-se em direito pela FMU.
Produtor de grãos, é diretor da Sociedade Rural Brasileira.
Foi assessor especial de Geraldo Alckmin (2011-13) no governo de São Paulo e colaborador da campanha do tucano à Presidência. Ex-coordenador de agronegócio do PP, agora dirige o programa do PSL no setor.

Festa do 1º de maio será palanque eleitoral

Foto: Givaldo Barbosa | Agência O Globo
O Globo - Coluna Poder em Jogo
Por Cristiane Jungblut


Pelo menos dois candidatos à Presidência devem compartilhar o palanque da festa do 1º de Maio organizada pela Força Sindical, em São Paulo. O ex-deputado Aldo Rebelo (foto), do Solidariedade, e o economista Paulo Rabello de Castro, do PSC confirmaram presença, segundo  deputado paulo Pereira da Silva, presidente do Solidariedade. O palco também contará com o governador paulista Márcio França (PSB), candidato à reeleição, e com prefeito de São Paulo, o tucano Bruno Covas.
Os sindicalistas da Força também estarão no evento de Curitiba, onde as centrais sindicais farão um ato único pela libertação de Lula. Paulo Pereira ficará em São Paulo.

DEM descontente com PSDB por ataque a Maia

Folha de s. Paulo - Coluna Painel
Por Daniela Lima


Integrantes da cúpula do DEM têm demonstrado insatisfação com o que consideram um ataque especulativo precoce do PSDB contra a pré-candidatura do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ao Palácio do Planalto.
Dirigentes do partido dizem que Maia tem o direito de rodar o país para divulgar suas ideias e tem um cronograma a cumprir. Não há bloqueio a conversas no futuro, mas o DEM quer combater a tese de que o deputado deveria abrir espaço desde já para fortalecer o tucano Geraldo Alckmin.

Prefeito petista, de São Leopoldo pode ser cassado


Ary Vanazzi é prefeito de São Leopoldo (RS), hoje a maior cidade governada pelo PT no país.

Folha de S. Paulo - Coluna Painel
Por Daniela Lima

Está marcado para quinta (3) o julgamento no TSE que pode cassar Ary Vanazzi, prefeito de São Leopoldo (RS), hoje a maior cidade governada pelo PT no país.
Gilmar Mendes votou pela cassação do petista, mas o julgamento foi interrompido por solicitação da relatora, Rosa Weber. A ministra pediu tempo para revisar decisão anterior em que ela mesma liberou Vanazzi para assumir o cargo.

sábado, 28 de abril de 2018

Estejam todos presos

Apolo da Silva – Blog Os Divergentes  
Os senhores sabem qual o maior medo do presidente Michel Temer. Não é o do final melancólico de seu governo nem o de um desempenho pífio no caso de vir a disputar a reeleição em outubro. O seu maior medo é o de ser preso depois de responder ao processo que passará a sofrer depois de encerrar seu mandato na Presidência da República.
Ele tem razão em estar com medo. Considerando os critérios adotados contra o ex-presidente Lula no caso do tríplex de Guarujá, e que devem ser repetidos no caso do sítio de Atibaia, Temer está condenado e preso. Muitos juristas dizem que não existe defesa quando não é preciso de provas materiais e bastam delação e presunção para se forjar a culpa.
Quem também sofre com esse futuro é o ex-presidente do PSDB, senador Aécio Neves. Aliás, antes mesmo da decisão da Justiça, Aécio já foi condenado pelos seus mui companheiros. A Folha de SP publicou uma lista de 48 políticos que dependem de se eleger para escapar da cadeia. Estão todos condenados. Só não se sabe ainda a duração do processo e o tamanho da pena. Pode ser nove anos como o de Eduardo Azeredo (PSDB) ou dois anos como o de Lula (PT).
Não vou discutir quem é culpado ou inocente, quem merece ou não. Isso é irrelevante. A única coisa que sei é que se fosse por aqui, Al Capone estaria preso muito antes de ser condenado por sonegação de impostos. Para que tanto trabalho? Pelas regras daqui, nos EUA não seria preciso nem de delação, qualquer um sabia que ele chefiava uma organização criminosa. Mas por lá foi preciso trabalhar, era preciso provas.
Na nossa terra, o popular ex-presidente Lula foi condenado a 12 anos. Pressionados, os justiceiros terão que demonstrar imparcialidade. Este é o infortúnio de Temer, Aécio e de tantos outros. Se Lula foi condenado, porque outros não seriam. Por isso, a próxima eleição pode ser resumida assim: É ganhar ou cadeia. Sendo que os vencedores vão apenas adiar o seu fim atrás das grades. Viverão anos de martírio. A polícia vai achar R$ 200 mil numa casa. A posse não é crime, mas é um escândalo num país pobre. É como o R$ 1,3 milhão que acabou com Roseana Sarney em 2002. Anos depois ela foi inocentada e o dinheiro devolvido. Mas o estrago foi feito.
Vocês lembram como a Lava Jato começou? Muitos vibraram. Era o fim da era Lula e do PT. Houve quem defendesse que colocassem o PT na ilegalidade. Lembram? Pois é. Hoje, os principais quadros do MDB estão no pelourinho. O moderno PSDB tenta esconder alguns de seus mais bravos quadros. Mas o tribunal popular vem aí, em outubro. Vamos ver quem vai sobreviver à inquisição.

Meirelles quer parte do espólio eleitoral de Lula

Pré-candidato do MDB diz ser responsável pela estabilidade no governo de Lula quando presidiu o BC
Marina Dias – Folha de S.Paulo
Com apenas 1% das intenções de voto e numa disputa ainda silenciosa com Michel Temer para ser o candidato do MDB ao Planalto, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles afirmou à Folha que só vai compor uma aliança com o PSDB caso os tucanos indiquem um vice para a sua chapa —e não o
“A conversa seria muito bem-vinda caso o PSDB decidisse nos apoiar, apontando um candidato a vice”, disse.
Ele quer conquistar fatia do eleitorado de Lula, sob argumento de que foi o responsável pelo crescimento da economia no governo do petista, período em que chefiou o Banco Central. Meirelles critica as pretensões eleitorais de Joaquim Barbosa (PSB) e avalia que “não é razoável” que restem tantas dúvidas sobre as ideias do ex-ministro do STF.
 Por que sua candidatura não consegue decolar? Existe um baixo nível de informação sobre meu trabalho. Quando testes qualitativos mostram minha carreira, sendo presidente do Banco Central no governo Lula com sucesso e com o crescimento no governo Michel Temer, a reação é extremamente positiva. Tenho histórico sem questionamentos.
Sua principal dificuldade é o desejo de Temer de disputar a reeleição? Não. É direito legítimo do presidente. Vamos chegar a uma conclusão juntos sobre qual a melhor chapa para o MDB. O partido terá o seu candidato a presidente.
Temer tem vantagem com a máquina e o apoio de caciques do MDB. Como superá-lo? Não há competição, há cooperação. Faremos considerações eleitorais e veremos, no devido tempo, quem é o melhor candidato.
baixíssima popularidade e as investigações que avançam sobre Temer inviabilizarão a reeleição? Esse será um julgamento a ser feito por ele.
Mas o sr. diz que vão tomar a decisão juntos. São duas coisas: questões judiciais, e isso é tratado pelos advogados e por ele, e a viabilidade eleitoral, que vamos discutir juntos.
Temer diz que é vítima de perseguição jurídica. O sr. concorda? Ele é vítima de ataques generalizados e não há dúvida de que há pessoas interessadas em atacá-lo.
Para tirá-lo da eleição? Talvez.
Se nem o sr. nem Temer chegarem a um patamar competitivo, qual será o plano B? Os testes qualitativos mostram que já sou viável. O MDB não precisa de um plano B.
É possível que o presidente feche acordo com Alckmin e o sr. seja vice na chapa do tucano? Não é a nossa decisão. Conversei com Temer e ele me autorizou a dizer que não acha isso aconselhável.
O sr. não será vice de Alckmin em nenhuma hipótese? Não consideramos essa hipótese.
O sr. está disposto a conversar com outros nomes do PSDB? Não há dúvida de que a conversa seria muito bem-vinda caso o PSDB decidisse nos apoiar, apontando um candidato a vice para a nossa chapa.
Joaquim Barbosa (PSB) ainda desperta dúvidas sobre o que pensa. Isso prejudica o debate? Prejudica a candidatura dele. Não é razoável ser candidato nesses termos. Ele vai ter que se posicionar claramente.
Uma aliança de centro-esquerda poderá ser maior que o centro pulverizado? Não. Existe uma dispersão da esquerda e nas intenções de voto do ex-presidente Lula. Há eleitores com boa lembrança do governo Lula, com inflação controlada, criação de emprego e país crescendo, da qual me orgulho como presidente do Banco Central. A disputa por esses eleitores do Lula pode ser mais ampla do que parece, inclusive acredito que haverá um grande número de eleitores que poderá estar disposto a votar na nossa candidatura.
O sr. tem a pretensão de pegar uma fatia do eleitorado de LulaNão é pretensão, é constatação, na medida em que fui responsável pela estabilidade e crescimento da economia na época.
O sr. participou do governo Lula por oito anos, foi testemunha de defesa no processo do tríplex do Guarujá, mas agora defende a prisão do ex-presidente. Falta solidariedade? Não defendo a prisão, como não condeno. Quando fui listado como testemunha, não fiz defesa de ninguém. Perguntaram se eu soube de ato ilícito no governo dele e eu disse que não.
Como explicar que o sr. é apoiado por um grupo alvo da Lava Jato e sustenta um presidente investigado por corrupção? O fato de ele [Temer] ser investigado não quer dizer que foi julgado e condenado. Estamos trabalhando juntos e o país está tendo benefícios com isso. Se tem uma acusação, para isso tem a Justiça.
Alguns índices apresentaram melhora, mas a recuperação ainda é tímida. Sua passagem pela Fazenda ficou aquém do esperado? Não, ficou além. Conseguimos retirar o Brasil da maior crise da história e colocá-lo em um ritmo bom de crescimento. Controlamos as despesas públicas em pouco menos de dois anos.

Pocuradores xingam pesado o Supremo Tribunal

Cármen Lúcia envia a ministros do STF lista de ataques à corte
Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo
Nela se destacam os xingamentos de Ricardo Montemor e críticas de Carlos Fernando dos Santos Lima
A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia, enviou a colegas, em um envelope fechado, o levantamento que a segurança do tribunal fez sobre ataques sofridos por magistrados da corte na internet.
Nele se destacam os xingamentos do promotor Ricardo Montemor, que já está sendo investigado pela corregedoria do MPSP (Ministério Público de SP), e críticas recorrentes do procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, da Lava Jato em Curitiba.
Magistrados do STF abriram diálogos com a PGR (Procuradoria-Geral da República) para que alguma providência seja tomada já que se consideram vítimas de injúria e difamação, como a coluna revelou na quinta (26). Caso contrário, estudam abrir um inquérito no próprio STF contra o procurador.
Carlos Fernando já responde a processo disciplinar por ter chamado Michel Temer de “leviano, inconsequente e calunioso”. O corregedor Orlando Rochadel Moreira recomendou oficialmente a ele que se abstivesse de emitir juízos de valor nas redes sociais em relação a políticos, partidos e investigados.
Lima ignorou a recomendação. Na quinta (26), ele afirmou que a possibilidade de o Supremo abrir um processo “somente demonstra autoritarismo e é incompatível com a liberdade de expressão”. Disse ainda que decisões da Justiça “devem ser cumpridas, mas não isentas de serem criticadas”.

sexta-feira, 27 de abril de 2018

Prefeito de Catende deve reassumir o cargo

Decisão liminar concedida pelo desembargador André Guimarães, ontem, determinou o retorno de Josibias Cavalcanti ao cargo de prefeito de Catende.
A decisão atendeu o pedido da defesa do prefeito que solicitou o efeito suspensivo da decisão em primeira instância. "O afastamento do prefeito se deu de forma ilegal porque não houve uma demonstração nos autos da participação de Josibias Cavalcanti no esquema denunciado", destacou um de seus advogados, Rivadávia Brayner.
Na decisão, o desembargador ressaltou que não houve por parte do prefeito nenhuma conduta direta ou indireta para tumultuar ou obstruir a instrução do processo, e que como determina a lei 8.429/92, em seu artigo 20, "a perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória".
A decisão, de acordo com o advogado Rivadavia Brayner respeitou o entendimento do Superior Tribunal de Justiça que determina que o afastamento cautelar é uma medida excepcional.  "Para isso é necessário precisão e provas, não apenas suposições ou presunções", complementou o advogado.
A decisão suspendeu o afastamento do prefeito que ocorreu no dia 04 de abril, durante a Operação Gênesis, ação do Ministério Público de Pernambuco. A defesa do prefeito também contou com a advogada Raíssa Braga.
 Por Magno Martins

Mendonça defende Educação como pauta principal nas eleições

O ex-ministro da Educação e deputado Mendonça Filho, defendeu no Seminário Educação em Debate, promovido pelo Democratas, hoje, que a Educação seja a pauta principal no debate eleitoral de 2018. “Independente de afinidade, de política partidária e/ou ideológica, a gente tem que ter um grande consenso em torno da educação. Não há como se transformar a realidade do nosso País que não seja pela Educação”, declarou o deputado Mendonça Filho.
O seminário, promovido pela Fundação Liberdade e Cidadania, é o primeiro de uma série de seminários, de diferentes temas, que será realizada pelo País. O “Educação em Debate” reuniu o secretário de Educação de Sobral (CE), Herbert Lima Vasconcelos, o diretor de Articulação e Inovação do Instituto Ayrton Senna, Mozart Neves, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia e o Líder do Democratas na Câmara, Rodrigo Garcia, na discussão dos problemas e das soluções no ensino fundamental e médio.
Para o presidente do Democratas, deputado Rodrigo Maia, “O caminho principal para que a gente possa reduzir as desigualdades passa justamente por tudo que foi visto neste seminário, os desafios não são pequenos, mas a gente sabe que 40%da desigualdade salarial pode ser explicada pela desigualdade educacional”.
O secretário de Educação de Sobral, Herbert Lima fez uma apresentação sobre o case de sucesso da Educação de Sobral. “Começamos a desenvolver um conjunto de iniciativas, que vão desde programas de contraturno, produção de material complementar com ênfase diferenciada em língua portuguesa e matemática a fim de levar a proficiência do 5 ao 9 ano”, detalhou.
O diretor do Instituto Ayrton Senna, Mozart Neves, lembrou que muito do que hoje Pernambuco vive na Educação é fruto do que foi trabalhado quando ele ainda era secretário do governo de Pernambuco na gestão Jarbas Mendonça. “Quando nós iniciamos a nossa gestão a gente estava aqui na 21a, 22a posição e tem um aprendizado aí. Eu acho que foi um trabalho que nós iniciamos e que foi continuado ao longo dos dois últimos governos. Portanto a continuidade política das boas políticas e fundamental”.
Para o líder do Democratas na Câmara, Rodrigo Garcia, o evento foi um momento de aprendizado. “Fico feliz em ouvir nossos especialistas, nós concordamos que a educação é uma política de Estado e não de governo”, declarou o deputado

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Líder de pesquisa para senadores, Datena empolga DEM

O DEM está animado com a possibilidade da candidatura de José Luiz Datena ao Senado nas eleições 2018. Recém-filiado à sigla, o apresentador da TV Bandeirantes apareceu na liderança da pesquisa Ibope para senadores de São Paulo divulgada ontem, com 33% das intenções de voto.
Presidente estadual do DEM em São Paulo, o deputado federal Jorge Tadeu Mudalen afirmou ao Estado ter sido procurado na segunda-feira, por um representante de Datena que colocou o nome do apresentador à disposição do partido. De acordo com Mudalen, a sigla ficaria “muito feliz” com a candidatura.
“Nesta semana esse emissário dele me procurou. Eu falei que ele é bem-vindo. A direção do partido mandou dar todo apoio. Eu dirijo aqui o diretório estadual e nós vamos ficar muito felizes de tê-lo como deputado, senador, como um nome de expressão que vai reforçar as fileiras do partido”, afrimou Mudalen.
Apesar de nunca ter concorrido a um cargo eletivo, Datena já foi filiado ao PT, PP e PRP antes de se integrar ao DEM. Mudalen afirmou que o apresentador está “superprestigiado” no novo partido, mas ponderou que a provável candidatura, apesar de bem encaminhada, é uma decisão de “foro íntimo” de Datena.

Polícia Federal e Ciro Nogueira: pânico no Congresso

Apreensão de itens de Ciro Nogueira pela PF gera 'pânico' no Congresso
Blog de Camarotti
A apreensão de itens do senador Ciro Nogueira (PP-PI), na última terça (24), gerou um ambiente de muita preocupação e "pânico" no Congresso Nacional.
O presidente do PP foi um dos alvos de um desdobramento da Lava Jato. A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão no gabinete do senador e no apartamento funcional dele.
O temor entre os parlamentares é que entre os itens apreendidos esteja algum registro da lista de negociação com os deputados que se filiaram recentemente ao PP.
Na janela partidária deste ano, o PP foi o partido que mais engordou: subiu do quarto lugar (38 deputados eleitos em 2014) para o segundo (53).
"O ambiente é de pânico", relatou ao blog um deputado do partido.
"Qualquer notícia desse tipo pode ser mal interpretada", acrescentou.
Na negociação com deputados, o PP assumiu o compromisso de bancar com recursos dos fundo eleitoral algumas candidaturas.
Procurado pelo blog, o advogado do senador, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que não há nenhum item apreendido que possa causar qualquer tipo de preocupação.

terça-feira, 24 de abril de 2018

O PT não é mais alternativa”, diz Joaquim Francisco

Em sua estreia como comentarista do Jornal da Cultura, em São Paulo, ontem, o presidente do ITV de Pernambuco, Joaquim Francisco, analisou vários temas da política nacional e, dentre eles, considerou que não se sustenta mais o discurso do PT de insistir na candidatura presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva como "alternativa ao Brasil".
"Eles já ficaram 14 anos no poder. Oito com Lula e seis com Dilma, interrompidos pelo impeachment. Então acabem com esse discurso de que são alternativa para o país. O PT não é mais alternativa para o Brasil. Já deu", disse.
Para o ex-governador, chegará um momento no processo eleitoral deste ano, que a população irá pensar e tomar ciência de que não deve eleger um "risco". Nesse contexto, acredita que o nome do pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, "ganhará força pelo estilo do tucano e, sobretudo, pelo seu passado".
"A candidatura de Geraldo Alckmin pode ganhar força. O Geraldo é um cara equilibrado, sensato. O jogo ainda não está jogado. Haverá um determinado momento em que a população vai pensar: 'nós vamos eleger um novo presidente da República e não vamos eleger um risco'. As abstenções têm ficado na média tradicional de 30%. Então a forma de Geraldo ser e, sobretudo seu passado, as realizações que ele fez num campo de dificuldades, sem fugir da responsabilidade, será pesado no momento próprio".
O presidente do ITV-PE reconheceu que o Brasil vive um momento de muita intolerância na política. "O momento é de confluência de muitos traumas. Tivemos um período de forte distância entre o dito e o feito. O país está numa fase de muitas dificuldades. Houve o impeachment da presidente Dilma, o problema da governabilidade do presidente Temer, esse conjunto de fatores está levando a um açodamento muito grande, o que não é positivo", avaliou.
O tucano entende, porém, que desde o mensalão à operação Lava Jato, o país tem assistido a um processo "que é transmitido de forma extremamente transparente", por isso o apoio majoritário da população, principalmente à Lava Jato. "Tudo isso tem contado com a adesão da população porque tem sido às claras e a lei sendo cumprida. Então é aguardar que esse processo transparente, feito à luz do sol, tenha suas conclusões e os que estiverem envolvidos que respondam à Justiça".
Sobre uma possível candidatura do ex-ministro do Supremo Joaquim Barbosa, pelo PSB, o ex-governador Joaquim Francisco disse não entender "um candidato a presidente da República desmotivado, receoso, sem identificar o que ele mesmo quer", disse, referindo-se às dúvidas do ex-ministro em relação ao projeto presidencial.
"Se ele não sabe o que quer, como é que o eleitor vai identificar? Esse processo todo gera muito dúvidas, das quais a pior de todas é a do próprio candidato, e isso leva a inseguranças. Uma campanha política é uma algo muito trabalhoso, difícil, cada dia que passa o povo está mais lúcido, mais exigente. Então sua excelência o candidato tem de querer e dizer logo".

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Mendonça na vice

Da coluna de Elio Gaspari
O PSDB tem o nome do deputado Mendonça Filho (DEM-PE) na prateleira de temperos para a vice de Geraldo Alckmin.
É nordestino e passou incólume pelo Ministério da Educação de Temer. Depende apenas da desistência do sonho presidencial de Rodrigo Maia.
Enquanto isso, seria divertido ver Dilma Rousseff na audiência do julgamento de Aécio Neves no Supremo Tribunal Federal.
A senhora foi deposta, mas sua honorabilidade está intacta.
Por sua vez, ladrões roubaram pastas e objetos que estavam no carro de um assessor de Lula, em Curitiba. No meio dos papéis estava o seu passaporte.
É verdade que ele não é mais um “ser humano”, mas os outros bípedes deixam o passaporte em casa ou no escritório e só o tiram da gaveta quando decidem viajar ao exterior.

sábado, 21 de abril de 2018

Para Dirceu, PT não deveria disputar Planalto em outubro


Crê que Ciro seria mais viável que Lula
Blog do Kennedy
Em conversas com petistas, o ex-ministro da Casa Civil diz que o PT não deveria ter a cabeça de chapa na eleição presidencial de outubro. Ele não acredita na viabilidade jurídica da candidatura de Lula. Crê que seria melhor uma aliança, provavelmente com Ciro Gomes (PDT). Dirceu tem falado que, em 2018, não seria a vez do PT.
O ex-ministro da Casa Civil perdeu muita influência no PT, mas ainda é ouvido por setores do partido. Nos bastidores da legenda, as indicações de Luiz Fux e Rosa Weber para o STF são debitadas nas contas dele e da então presidente Dilma Rousseff. As duas nomeações foram desastrosas para o PT no mensalão e na Lava Jato.
Fux havia feito acordo para matar no peito e absolver Dirceu. Não cumpriu o acertado. Dilma pediu a Rosa Weber que lesse o processo do mensalão antes de ser indicada. Weber leu e conversou com Dilma, que saiu da conversa com a impressão de que ela absolveria Dirceu e outras figuras do partido. Isso não aconteceu, e o resto é história.
Se o juiz Sérgio Moro e o Tribunal Regional Federal da 4ª Região aplicarem a Dirceu a mesma interpretação dada ao caso de Lula, o ex-ministro da Casa Civil deverá ser preso em breve. Ele teve recurso negado ontem no TRF-4.

Patos no Caminho da Mudança!

Ramonilson Alves, Deputado Federal Eflain Filho, Benone Leão e Umberto Joubert.  Por uma Patos Melhor!