quinta-feira, 17 de outubro de 2013

''Sou inocente e vou provar'', diz acusado de matar promotor

Suspeito de executar o promotor de Justiça Thiago Faria Soares, Edmacy Cruz Ubirajara voltou a afirmar no Recife que é inocente. 'Não sei porque estão me acusando, mas tenho como provar minha inocência', disse ao chegar no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Imbiribeira, no final da noite desta quarta-feira. Ele foi submetido a exames periciais, entre eles, um que vai indicar se há presença de pólvora no corpo dele. 
 
O suspeito já havia alegado inocência ao deixar a delegacia de Águas Belas, no Agreste do Estado. Em poucas palavras, ele afirmou que não tem envolvimento com a morte. 'Sou inocente e vou provar', disse, ao entrar na viatura. Após os exames, Edmacy fica à disposição da Justiça no Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima.
 
O homem foi o único detido, até a noite desta quarta-feira (16), suspeito de participação na execução de Thiago Faria Soares, de 36 anos, assassinado na última segunda-feira (14).

Segundo o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Wilson Damázio, a reconstituição simulada do crime deverá acontecer nos próximos dias e, caso o principal suspeito de ser mandante do assassinato, o fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa, não seja preso até esta quinta-feira (17), o Disque-Denúncia poderá oferecer recompensa por informações.

O suspeito detido é cunhado do fazendeiro apontado pela polícia como mandante do crime, que permanece foragido. Nesta quarta-feira, familiares de Edmacy Cruz e até mesmo o filho do suposto mandante estiveram na delegacia de Águas Belas para alegar a inocência da família.
 
''CIRCO ARMADO''

Em entrevista ao Diario de Pernambuco, o advogado Leandro Ubirajara, de 28 anos, filho de José Maria, disse temer pela vida dos familiares. 'Estamos com medo. Olha o que aconteceu com meu tio. Precisavam prender alguém. Não dormimos em casa. Meu pai é um homem muito calado, uma pessoa pacata. Não existe a menor possibilidade de ele ser o mandante'.

Leandro Ubirajara também alegou desconhecer o paradeiro do pai. 'Há 29 anos, houve um atentando contra ele. A suspeita é de que tenha sido praticado por Seu Lourinho (sogro do promotor). Meu pai tem cicatriz no braço, perfuração no corpo. Foram de quatro a cinco tiros de 12. Ele está sumido porque... veja ao seu redor, o circo foi armado. Ele teme pela própria vida', desabafou.

Mysheva Martins também esteve na Delegacia de Águas Belas nesta quarta-feira. Ela prestou depoimento à força-tarefa que investiga o caso, incluindo os delegados Joselito Kehrle e Josineide Confessor, por quase 3h30. O conteúdo da conversa não foi revelado, mas a noiva da vítima teria reconhecido Edmacy Cruz através de fotografias. Não foi confirmado um possível encontro entre vítima e suposto executor: ele foi socorrido para uma unidade de saúde, por mal estar, quando a testemunha chegou na delegacia, mas já havia voltado antes de Mysheva deixar o local.

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