terça-feira, 4 de setembro de 2012

Alianças com opositores é regra na política

Inaldo Sampaio

 O PT continua incomodado com a aliança do governador Eduardo Campos com o senador Jarbas Vasconcelos, inimigos figadais até o início deste ano. Os petistas avaliam que ambos se reconciliaram com uma só finalidade: deixá-los isolado na eleição do Recife. De certa forma isso é verdade. Mas essa não foi a primeira vez, nem será a última, que adversários políticos se reconciliam visando à conquista do poder. A história está repleta de exemplos, inclusive aqui em Pernambuco.
Arraes, por exemplo, convidou para a sua chapa de senador em 86 o ex-deputado Antonio Farias, que votara pelo seu afastamento do cargo no dia 1º de abril de 64. Marco Maciel, por sua vez, negou-se a apoiar Maluf, que era o candidato do seu partido a presidente da República em 1985, para se aliar a Tancredo Neves, que era o candidato da oposição. E o próprio Jarbas quando quis ser governador de Pernambuco rompeu com Arraes em 1992 e se aliou a Maciel, seu adversário histórico.
Trazendo os fatos para a cena atual, Lula se aliou a Maluf, em São Paulo, para conseguir o apoio dele à candidatura de Fernando Haddad após o PT tê-lo carimbado como símbolo nacional de político corrupto. Isso prova que quando está em jogo a conquista do poder todos os políticos são iguais. Eduardo Campos não precisava do apoio de Jarbas para eleger Geraldo Júlio prefeito do Recife. Mas talvez precise do prestígio nacional do senador para disputar a presidência da República.

Um comentário:

Patos no Caminho da Mudança!

Ramonilson Alves, Deputado Federal Eflain Filho, Benone Leão e Umberto Joubert.  Por uma Patos Melhor!