quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Bolsonaro precisa rever postura para ter mais apoio em Pernambuco, diz Priscila Krause

Foto: Roberto Soares/Alepe
Foto: Roberto Soares/Alepe
Por Fillipe Vilar em Notícias 
A deputada estadual Priscila Krause (DEM) esteve no Resenha Política desta quarta (11). Entre outros temas, ela falou do possível cenário para as eleições municipais de 2020. “Teremos que acelerar o diálogo e definição de nomes (na oposição)”, argumentou. 
Sobre um possível apoio do presidente Jair Bolsonaro (PSL) a uma candidatura na capital, ela disse que o social-liberal precisa rever algumas posturas. “Ele precisa ajudar que pode apoiá-lo no seu campo, para isso precisa rever algumas coisas, na comunicação, por exemplo”, disse a parlamentar.
Krause também disse que, a princípio, o candidato dela a prefeito do Recife é Mendonça Filho, colega de partido. Mas que o campo da oposição à direita ainda precisa fechar questões sobre como atuar nas eleições do ano que vem.
A parlamentar também afirmou que o gabinete dela pediu acesso à informação sobre o programa Caminhos de Pernambuco, no qual o governo anunciou mais de R$ 500 milhões na construção e reforma de estradas. “O que precisa ser recuperado? De onde viria esse dinheiro? Já tem operação de crédito para esse investimento?”, questionou.

Veja outros pontos da entrevista

Reforma Tributária

“O estado não está numa situação fiscal boa. Pernambuco está tentando responder a isso escolhendo, de forma difícil, o que é que vai pagar. Mantém a folha em dia, mas está em atraso no pagamento de fornecedores. Um aumento constante na arrecadação, fruto de aumento de impostos. No primeiro ano de Paulo Câmara, em 2015, tivemos um tarifaço. Ele aumentou ICMS, as taxas de serviço, o imposto sobre herança. Aumentou tudo o que podia aumentar. No último ano, logo depois da eleição, aumentou novamente os mesmos impostos. Porém, um aumento no custo da máquina faz com que o estado seja mais caro que o aumento da arrecadação.
A esperança é que efetivamente, numa reforma que vem de cima para baixo, talvez consiga-se fazer um debate para redesenhar e fortalecer o pacto federativo do Brasil. Onde se tenha a base mais larga do ponto de vista dos recursos e isso vá afunilando. Fortalecer os municípios, intermediariamente os estados e deixar a União. Mas é muito difícil isso acontecer, é uma guerra”.

Compesa

“A Compesa hoje é uma das nossas maiores estatais. O que acontece hoje é uma confusão de uma gestão de uma empresa do porte da Compesa e com os interesses políticos do grupo que governa Pernambuco. Digo isso por conta da política de revisão tarifária da empresa, que devia ter sido feita no primeiro semestre de 2018 (ano de eleição). Creio que ela não foi feita para que não houvesse rebatimentos eleitorais para o governador, que era candidato. Houve uma interferência agredindo a lei das estatais no fluxo de caixa da Compesa, afinal um dos maiores devedores da Compesa é o próprio governo. Não estamos falando só de contas de equipamentos essenciais, como hospitais, escolas, mas gabinetes de parlamentares, o Palácio do Governo, todos devem. O governo se apropria de maneira equivocada desses recursos”.
“Isso deixa a operação mais cara, deixa a empresa ineficiente e rebaixa a Compesa nos índices de avaliação de mercado que possibilitam empréstimos, operações de crédito, para investimentos importantes que o estado precisa”.

Oposição nas eleições de 2020

“A gente tem um bloco que se organiza e se mantém há algum tempo: PTB, PSDB, Democratas, Republicanos, outros partidos que estão compondo. Teremos que acelerar o diálogo e definição de nomes. Temos que levar em consideração que na campanha de 2018, Mendonça foi o senador mais votado no Recife. Teve um desempenho brilhante, que transbordou para a Região Metropolitana do Recife. Mas temos outros nomes: Daniel Coelho, Silvio Costa Filho, e outros nomes de peso. O meu candidato é Mendonça, mas temos que ter em mente uma estratégia para ganhar a eleição com esse grupo unido”.

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