sábado, 27 de janeiro de 2018

Petrolina: oposição tenta exibição de força no Sertão


Segundo ato do grupo, o primeiro no interior, vai debater hoje o que se aponta como problemas no Estado
Do Diario de Pernambuco – Aline Moura
Com o slogan Pernambuco quer mudar, o bloco de oposição ao governador Paulo Câmara (PSB) se reúne, neste sábado, no município de Petrolina, no Sertão do São Francisco, para realizar o segundo ato político com o objetivo de “debater os problemas do Estado”. O evento conta com o apoio oficial de sete partidos e alguns dissidentes do MDB, como o próprio senador Fernando Bezerra Coelho, que trava uma disputa jurídica contra o grupo de Jarbas Vasconcelos (MDB) para comandar a legenda emedebista.
A estimativa de público, segundo o prefeito petrolinense, Miguel Coelho (PSB), é de quatro mil pessoas, o dobro do que esteve presente em evento realizado no Recife, no mês passado. “Cerca de 20 prefeitos da região vão participar”, garantiu.
O ato político contará com a presença do ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), e do ministro de Minas e Energia, Fernando Filho (sem partido), além do senador Armando Monteiro Neto (PTB). Mas o protagonista deve mesmo ser FBC, que está no seu principal reduto eleitoral.
Para rebater o argumento usado pelo PSB, de que o grupo está colado ao desgaste do presidente Michel Temer (MDB), o prefeito de Petrolina reage. Diz que, na aliança de Paulo Câmara, há lideranças, como o próprio ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS), que fazem parte da gestão Temer.
Miguel deixou claro que “essa contradição” não vai passar em branco. Paulo Câmara tem aliados importantes, no estado, que votam com Temer em Brasília, a exemplo do secretário de Transportes, Sebastião Oliveira (PR), e do deputado federal Fernando Monteiro (PP). O deputado licenciado Kaio Maniçoba (MDB), que atualmente é secretário de Habitação, votava a favor das propostas de Temer.
Segundo o prefeito, não há como Paulo Câmara tentar desgastar FBC com o discurso de que ele representa o palanque de Temer. O prefeito frisa ser muito grato ao governo federal pelos convênios celebrados com a Prefeitura de Petrolina em 2017. Foram R$ 38 milhões num único ano, explica ele, quando a média na gestão de Julio Lóssio (Rede) era de R$ 19 milhões. 
Para o prefeito, fazer ou não parte do governo Temer não será decisivo na disputa pelo governo do Estado, o que pesará é a capacidade de propor mudanças. Ele ressalta que os governadores do Ceará, Camilo Santana, e Rui Costa, da Bahia, são filiados ao PT e conseguiram mais recursos do governo federal do que Paulo Câmara. “Por causa disso, eles (os petistas) vão apoiar Temer? O que vai pesar na eleição é a capacidade de liderança, de fazer projetos bons o suficiente para receber apoio”, declarou.
Miguel afirma, ainda, não estar preocupado com o fato de Julio Lóssio ter se apresentado para concorrer ao Palácio das Princesas como candidato da Rede, comandado nacionalmente por Marina Silva.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Patos no Caminho da Mudança!

Ramonilson Alves, Deputado Federal Eflain Filho, Benone Leão e Umberto Joubert.  Por uma Patos Melhor!